ASTRONOMIA

Astrônomos mapeiam distância de 56 mil galáxias, formando maior catálogo

Galáxias são compostas por centenas de bilhões de estrelas. Com a expansão do universo, esses grandes sistemas se afastam uns dos outros. Na astrofísica, a taxa de expansão do universo é mensurada pela Constante de Hubble

Astrônomos da Universidade do Havaí mediram a distância de 56 mil galáxias, formando a maior compilação de dados desse tipo até o momento. O estudo partiu de duas questões: quantos anos tem o nosso Universo e qual é o seu tamanho? As medições das distâncias das galáxias, juntamente com informações sobre as velocidades, determinam a escala do Universo e o tempo decorrido desde seu nascimento.

Galáxias são compostas por centenas de bilhões de estrelas. Com a expansão do universo, esses grandes sistemas se afastam uns dos outros. Na astrofísica, a taxa de expansão do universo é mensurada pela Constante de Hubble (HO). O estudo da equipe dá um valor de 75 quilômetros por segundo por megaparsec ou Mpc (1 megaparsec = 3,26 milhões de anos-luz), com incerteza estatística muito pequena de cerca de 1,5%.

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No modelo padrão da cosmologia, a Constante de Hubble está prevista para 67,5 km/s/Mpc, com uma incerteza de 1 km/s/Mpc. Ou seja, os valores medidos pelos astrônomos são maiores que os previstos, o que representa um dilema cósmico: ou há um problema fundamental na compreensão da física do cosmos ou há um erro sistemático oculto nas medições das distâncias das galáxias.

“Desde que as galáxias foram identificadas como separadas da Via Láctea há 100 anos, os astrônomos vêm tentando medir as distâncias. Agora, combinando nossas ferramentas mais precisas e abundantes, somos capazes de medir distâncias de galáxias e a taxa de expansão relacionada do Universo e o tempo desde que o Universo nasceu com uma precisão de alguns porcentos", explicou o astrônomo Brent Tully.

Existem várias maneiras de medir as distâncias das galáxias. Os astrônomos da Universidade de Havaí utilizaram o programa Cosmicflows-4, que incorpora informações de estudos anteriores. Os pesquisadores também estão estudando como as galáxias se movem individualmente. O estudo foi publicado no Astrophysical Journal.

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