Medicina

'Hormônio do amor' pode ajudar a curar doenças do coração, indica pesquisa

A descoberta de cientistas estadunidenses poderá um dia ser usada para promover a regeneração do coração humano após um ataque cardíaco

Camilla Germano
postado em 04/10/2022 12:37 / atualizado em 04/10/2022 12:43
 (crédito: shayne_ch13/Freepik)
(crédito: shayne_ch13/Freepik)

O neurohormônio oxitocina já é muito conhecido por promover laços e gerar sentimentos do prazer como arte, exercício e sexo. No entanto, pesquisadores da Universidade Michigan State (EUA) identificaram que o chamado "hormônio do coração" pode ajudar na cura de doenças no coração.

De acordo com Aitor Aguirre, um dos especialistas que participou da descoberta, o hormônio tem a capacidade de ativar mecanismos de reparo cardíaco em corações feridos e em culturas de células humanas e que mais para frente pode ser usado como novas terapias potenciais de regeneração do coração humano.

A pesquisa foi publicada, em 30 de setembro, na revista científica Frontiers in Cell and Developmental Biology e testada em peixes-zebra e culturas de células humanas. O peixe-zebra é conhecido pela sua capacidade de regeneração de órgãos incluindo o cérebro, retina, órgãos internos, ossos e pele.

"Esses resultados mostram que é provável que a estimulação pela oxitocina seja evolutivamente conservada em humanos em uma extensão significativa. A oxitocina é amplamente utilizada na medicina por outras razões, portanto, reaproveitá-la para pacientes após danos cardíacos não é um coisa longe de ser imaginada. Mesmo que a regeneração do coração seja apenas parcial, os benefícios para os pacientes podem ser enormes”, garante Aguirre.

Os próximos passos da pesquisa envolvem testar a teoria em humanos. "A oxitocina em si tem vida curta na circulação, então seus efeitos em humanos podem ser prejudicados por isso. Drogas especificamente projetadas com meia-vida mais longa ou mais potência podem ser úteis nesse cenário. No geral, ensaios pré-clínicos em animais e ensaios clínicos em humanos são necessários para avançar", ressalta o pesquisador.

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