Exploração Espacial

James Webb: veja imagem surpreendente de estrela a 15 mil anos-luz da Terra

A WR 124 é uma estrela Wolf-Rayet, aquelas mais luminosas, mais massivas e mais rapidamente detectáveis conhecidas e foi uma das primeiras a ser observadas pelo Telescópio da Nasa

Camilla Germano
postado em 14/03/2023 15:25 / atualizado em 14/03/2023 15:44
 (crédito: Divulgação/NASA)
(crédito: Divulgação/NASA)

Durante a conferência South by Southwest em Austin, Texas, nos Estados Unidos, astrônomos da Agência Espacial estadunidense (Nasa) mostraram, nesta terça-feira (14/3), uma imagem inédita de uma estrela Wolf-Rayet — aquelas que estão entre as mais luminosas, mais massivas e mais rapidamente detectáveis conhecidas — localizada na constelação de Sagitário, a uma distância de 15 mil anos-luz. 

A WR 124 foi uma das primeiras a ser observada pelo Telescópio James Webb e os detalhes surpreendentes foram comparados a uma "primavera cósmica" pelos especialistas da Nasa. Normalmente, as estrelas Wolf-Rayet estão em processo de desprendimento de camadas externas, o que resulta em halos de gás e poeira característicos.

De acordo com a Nasa, em comunicado, a WR 124 tem 30 vezes a massa do Sol e derramou 10 sóis de material até agora no espaço. Além disso, à medida que o gás ejetado se afasta da estrela e esfria, a poeira cósmica se forma e brilha na luz infravermelha, que pode ser detectada pelo James Webb e forma essa "nuvem de poeira" detectada pelo Webb e vista na imagem. 

  • A luminosa e quente estrela Wolf-Rayet 124 (WR 124) é proeminente no centro da imagem composta do Telescópio Espacial James Webb, combinando os comprimentos de onda do infravermelho próximo e do infravermelho médio da luz da câmera infravermelha próxima e do instrumento infravermelho médio de Webb NASA, ESA, CSA, STScI, Webb ERO Production Team

Segundo os especialistas, estrelas como a WR 124 podem ajudá-los a entender um período crucial no início da história do universo. Outro detalhe é que elas podem também abrir novas possibilidades de estudo das poeiras cósmicas, observadas de maneira mais eficaz por meio de comprimentos de onda infravermelhos da luz, uma vez que elas conseguem sobreviver a uma explosão de supernova e contribuir para o “orçamento de poeira” geral do universo — uma espécie de quantidade geral existente da poeira, pelo universo. 

A poeira cósmica é parte integrante do funcionamento do universo, de acordo com a Nasa, uma vez que abriga estrelas em formação, se reúne para ajudar a formar planetas e serve como uma plataforma para a formação e aglomeração de moléculas, incluindo os blocos de construção da vida na Terra.

Mesmo com todos esses papéis considerados essenciais que a poeira desempenha, os astrônomos consideram que ainda há mais poeira no universo do que as atuais teorias de formação de poeira dos astrônomos podem explicar.

Confira a íntegra da divulgação da imagem

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