Alimentação

Comer rápido e não mastigar aumenta risco de diabetes, alerta nutróloga

Sarah Berry, pesquisadora do King's College, Londres, explica que comer rápido pode comprometer a digestão, desgastar os dentes e causar problemas de saúde

Estado de Minas
postado em 01/06/2023 18:10
 (crédito: Reprodução/Freepik)
(crédito: Reprodução/Freepik)

No cotidiano agitado, muitas pessoas acabam não prestando atenção a um hábito simples, mas essencial para manter o peso ideal: mastigar adequadamente os alimentos.

A nutróloga Sarah Berry, pesquisadora e professora associada do King’s College, em Londres, adverte que engolir os alimentos sem mastigá-los corretamente pode ser prejudicial à saúde, já que comer não se trata apenas de ganhar, perder ou manter o peso corporal.

Segundo Sarah Berry, o cérebro precisa de tempo para entender que está satisfeito. Ela explica, no podcast ZOE Science and Nutrition, apresentado por Jonathan Wolf, que estudos indicam que leva entre cinco e até 20 minutos para a mente compreender o que aconteceu no estômago. Comer devagar e mastigar bem os alimentos potencializa a resposta dos hormônios que regulam o apetite, como leptina, adiponectina e grelina, ajudando a manter um peso saudável. Já comer rápido faz com que a pessoa ingira mais do que o necessário, levando ao acúmulo de gordura visceral.

A nutróloga afirma que a gordura visceral é aquela que se aloja dentro das paredes abdominais e envolve todos os órgãos. O simples ato de comer rápido pode aumentar o risco de diabetes tipo 2 e problemas cardiometabólicos, que podem resultar em ataques cardíacos e derrames cerebrais. Sarah Berry menciona um estudo de 2017 elaborado por um cardiologista da Universidade de Hiroshima, no Japão, que constatou que aqueles que comem rápido têm quase o dobro de chances de desenvolver síndrome metabólica.

A síndrome metabólica é um termo médico usado para descrever um conjunto de problemas de saúde, como diabetes, pressão alta, obesidade e gordura no fígado. Estudos indicam que mastigar mais devagar estimula a liberação de insulina, o que significa um melhor controle da glicose e, consequentemente, menor risco de diabetes, destaca Sarah Berry.


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