AUDIÇÃO

Terapia a laser é eficaz para tratar zumbido no ouvido, aponta estudo

Fotobiomodulação a laser é o tratamento mais eficaz para tinnitus, conclui estudo do Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CEPOF)

EM - Redação
postado em 20/06/2023 12:10
 (crédito: Freepik/Reprodução)
(crédito: Freepik/Reprodução)

Os melhores tratamentos conhecidos para lidar com o tinnitus, ou o zumbido no ouvido, são as terapias de fotobiomodulação a laser. Esta é a conclusão a que chegaram os cientistas do Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CEPOF), depois de compararem várias terapias predominantes e suas combinações. Essas descobertas foram divulgadas recentemente no Journal of Personalized Medicine.

Estima-se que 750 milhões de pessoas em todo o mundo são afetadas pelo tinnitus, de acordo com um estudo europeu que analisou dados de pacientes ao longo de cinco décadas.

Embora o tinnitus não seja uma doença, mas um sintoma, ele pode ser perturbador e, em alguns casos, incapacitante.

Como o tinnitus pode estar relacionado a uma variedade de questões, desde insuficiência de irrigação periférica e lesões locais até bruxismo e excesso de cera, não há tratamentos padronizados ou medicamentos aprovados pelo Food and Drug Administration (FDA) dos EUA.

O pesquisador do CEPOF Vitor Hugo Panhóca e sua equipe desenvolveram um estudo comparativo para encontrar soluções para o problema. Eles testaram várias terapias alternativas e complementares em 10 grupos de pacientes que sofrem de tinnitus idiopático e refratário durante quatro semanas.

Os tratamentos incluíam terapias de laserpuntura, dicloridrato de flunarizina, ginkgo biloba e estimulação transmeatal a laser de baixa intensidade (LLLT). Os pacientes foram avaliados quanto ao zumbido e qualidade de vida antes e depois do tratamento.

Terapias de maior sucesso

As terapias que tiveram os melhores resultados foram a laserpuntura e a estimulação transmeatal com laser de baixa intensidade (LLLT). A LLLT também mostrou melhorias substanciais quando o tempo de irradiação foi aumentado de seis para 15 minutos.

Panhóca acredita que compreender como estas terapias de sucesso funcionam ajudará a direcionar melhor os estudos futuros. Ele também enfatiza a necessidade de investigar os efeitos de longo prazo da LLLT. O estudo foi realizado em colaboração com pesquisadores de várias instituições, incluindo a Santa Casa de Misericórdia de São Carlos e o Tyndall National Institute da University College Cork, na Irlanda.

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