Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade da Flórida, nos Estados Unidos, publicado na revista científica especializada Cannabis - Publication of the Research Society on Marijuana, no último dia 5 de julho, aponta que a cannabis medicinal reduz a dependência de opioides em pacientes com dor crônica.
O estudo piloto de três meses avaliou a eficácia da cannabis entre pacientes de meia-idade e idosos com dor crônica. Após um mês de uso de maconha medicinal, os participantes completaram a pesquisa detalhando os benefícios e efeitos colaterais da opção alternativa de tratamento.
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Os pesquisadores descobriram que “a maioria dos participantes percebeu que a cannabis medicinal é eficaz no tratamento da dor crônica”.
Os benefícios relatados incluem redução da dor e da ansiedade, melhora do funcionamento físico e mental, melhor qualidade do sono e humor e menor dependência de medicamentos prescritos, incluindo opioides e benzodiazepínicos.
Uma paciente de 51 anos relatou que o tratamento com cannabis medicinal é “bastante eficaz”: “Não estou mais usando meu andador. Só tomo meus remédios [opioides/analgésicos] uma vez ao dia, em vez de três, e não tomo Xanax há 30 dias”.
"É ótimo. Nunca usei maconha medicinal antes. Com dor, não precisei tomar nenhum remédio e tomo remédio há anos. Todos aqueles narcóticos e outros remédios. Fiquei surpresa, não sabia que ia me ajudar assim. Realmente funciona", relatou uma paciente de 43 anos.
Os pacientes afirmaram que os principais desafios do uso de maconha para dor eram a dificuldade em encontrar um produto ou dose eficaz e efeitos colaterais como “ficar chapado indesejadamente”, “problemas de estômago” e o limitado “limiar da dor” que a maconha poderia tratar.
“Este estudo forneceu descobertas preliminares que contribuem para uma melhor compreensão das experiências individuais usando cannabis medicinal para o tratamento da dor crônica. A entrevista aberta destacou informações das perspectivas do paciente que podem orientar futuras investigações com o objetivo de longo prazo de otimizar o atendimento ao paciente", afirmam os autores.
“Embora tenham sido observadas melhorias no controle da dor, qualidade do sono, saúde física e mental, a identificação de possíveis efeitos colaterais e a determinação de regimes de tratamento ideais foram relatadas como importantes. Ensaios de controle randomizados e estudos prospectivos de longo prazo forneceriam as informações necessárias sobre segurança e dosagem para promover a segurança pública e acompanhar o crescente interesse na cannabis medicinal como medicamento para o tratamento da dor crônica”, completam.
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