TECNOLOGIA

Inteligência artificial consegue prever com precisão a morte de pessoas

A descoberta abre espaço para aplicações na saúde, com a possibilidade de antecipar a tendência a determinadas doenças na população e identificar fatores de risco

Segundo pesquisadores, o modelo abre perspectivas positivas e negativas importantes para serem discutidas e abordadas politicamente -  (crédito: Divulgação/Brasil Telemedicina)
Segundo pesquisadores, o modelo abre perspectivas positivas e negativas importantes para serem discutidas e abordadas politicamente - (crédito: Divulgação/Brasil Telemedicina)
postado em 21/12/2023 11:40

Um modelo de inteligência artificial, criada pela Universidade Técnica da Dinamarca, é capaz de prever com 78% de precisão a morte de uma pessoa nos próximos quatro anos. A tecnologia se baseia na análise de diversos dados, como educação, saúde, renda e a profissão, e também consegue traçar aspectos da personalidade do indivíduo.

“Usamos o modelo para abordar a questão fundamental: até que ponto a IA pode prever eventos em seu futuro com base em condições e eventos em seu passado? Cientificamente, o que é empolgante para nós não é tanto a previsão em si, mas os aspectos dos dados que permitem que o modelo forneça respostas tão precisas”, explicou Sune Lehmann, autora do estudo.

A descoberta abre espaço para aplicações na saúde, com a possibilidade de antecipar a tendência a determinadas doenças na população e identificar fatores de risco, por exemplo. No entanto, também há implicações ética em conseguir prever eventos humanos. 

"O modelo abre perspectivas positivas e negativas importantes para serem discutidas e abordadas politicamente. Tecnologias semelhantes para prever eventos da vida e o comportamento humano já são usadas hoje dentro de empresas de tecnologia que, por exemplo, rastreiam nosso comportamento nas redes sociais, traçam nosso perfil com precisão e usam esses perfis para prever nosso comportamento e nos influenciar. Essa discussão precisa fazer parte da conversa democrática", pontua a pesquisadora Sune.

O estudo foi publicado na revista científica Nature Computacional Science.

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