
Ainda levará alguns anos antes de chegar aos pacientes, porque é preciso passar por testes de segurança e eficácia em modelos maiores, e depois pelos ensaios clínicos em humanos, que são rigorosos e demorados. Mas o fato de alguns dos medicamentos usados no adesivo — como o VEGF e a neuregulina-1 — já terem sido testados em humanos acelera parte desse caminho. Eu diria que, se os resultados continuarem promissores, poderemos ver os primeiros testes clínicos dentro de alguns anos, talvez na próxima década. É inspirador acompanhar o desenvolvimento de tecnologias como essa, que unem engenharia biomédica e cardiologia para criar tratamentos mais inteligentes e personalizados. Contudo, é importante lembrar: a prevenção continua sendo a melhor opção. Cuidar da pressão, do colesterol, do diabetes e manter hábitos saudáveis é o que realmente protege o coração —enquanto a ciência trabalha para oferecer novas esperanças a quem já passou por um infarto.
Anny Gutemberg, cardiologista clínica do Hospital Brasília
Águas Claras, da Rede Américas
