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Nazismo fez Berta Loran fugir da Polônia ainda criança; relembre

Atriz morreu neste domingo (28) em um hospital particular do Rio de Janeiro

A atriz Berta Loran faleceu na noite do último domingo (28), aos 99 anos, no Rio de Janeiro. Ícone do humor brasileiro, ela estava internada em um hospital particular localizado em Copacabana, na Zona Sul da cidade.

Nascida em 1926, na cidade de Varsóvia, na Polônia, Berta viveu de perto os horrores do avanço do nazismo na Europa. Durante a década de 1930, sua família decidiu fugir para o Brasil, buscando refúgio diante das ameaças do regime de Adolf Hitler.

Em entrevista concedida ao "Conversa com Bial", em 2018, ela relembrou os momentos de terror do fascismo e contou a atitude que seu pai tomou após ouvir Hitler dizer que "mataria todos os judeus".

"Meu pai disse: 'Ai, meu Deus'. Vendeu as duas máquinas e veio para o Brasil. E nós perdemos toda a família, mas não quero falar de drama", relatou. Ainda assim, fez questão de destacar: segundo ela, a única coisa que não perdeu foi o humor.

Foi já em solo brasileiro que Berta iniciou sua trajetória artística. Aos 9 anos, desembarcou com a família em terras tropicais e, décadas mais tarde, se tornaria um dos rostos mais marcantes da comédia na televisão.

Ao longo de mais de 70 anos de carreira, conquistou o público com sua veia cômica e talento versátil.

Na TV Globo, onde ingressou em 1966, fez parte de diversas produções humorísticas de sucesso. Entre elas estão "Riso Sinal Aberto" (1966), "Balança Mas Não Cai" (1968), "Faça Humor, Não Faça Guerra" (1970), "Satiricom" (1973), "Planeta dos Homens" (1976), "Escolinha do Professor Raimundo" (1990), "Zorra Total" (1999) e "A Grande Família" (2012).

Além do humor, Berta Loran também brilhou em novelas, mostrando sua versatilidade como atriz. Entre os títulos estão "Amor com Amor se Paga" (1984), "Cambalacho" (1986), "Cama de Gato" (2010), a segunda versão de "Ti-Ti-Ti" (2011), "Cordel Encantado" (2011) e "A Dona do Pedaço" (2019).

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