O ator Rafael Gualandi encerra mais um ciclo na Record TV com sua participação especial em O Senhor e a Serva, trama que une história, fé e dilemas humanos em meio ao Império Romano. Mesmo presente apenas nos quatro últimos episódios, ele afirma que a experiência teve grande impacto emocional. Estar inserido nesse universo histórico, com toda a ambientação de Roma e a carga simbólica da época, despertou reflexões profundas sobre fé e integridade, valores que também orientam sua vida pessoal.
Na narrativa, Gualandi interpreta Flávio, um nobre romano casado com Domitila, sobrinha do imperador. Inserido no centro do poder, o personagem enfrenta um intenso conflito interno. O que mais o atraiu na interpretação foi justamente essa dualidade: Flávio vive numa época em que ser cristão era considerado crime e passa a questionar seus próprios valores ao testemunhar perseguições e crueldade contra os cristãos nas arenas. O papel propõe uma reflexão sobre os limites da fé, da lealdade e do amor.
Para o ator, entrar na reta final de um projeto é sempre um desafio. “Trazer a dualidade de um homem com poder e status, mas que abre mão de tudo por algo invisível, porém verdadeiro, foi intenso”, diz ele. Interpretar um personagem leal à fé em Cristo foi, segundo Gualandi, uma experiência desafiadora e inspiradora, especialmente por também viver essa conexão espiritual em sua vida pessoal.
Nos bastidores, o ator manteve seu habitual bom humor, criando laços e trazendo leveza ao trabalho. Ele recorda a parceria com o diretor Guga Sander, com quem já havia trabalhado em Reis, e destaca a energia positiva do set como parte essencial do processo criativo.
Mais do que um personagem, Flávio deixou marcas profundas em Rafael Gualandi. “Ele fala sobre fé, lealdade e coragem, valores que hoje são raros, mas essenciais. Me fez lembrar que integridade é algo que não se negocia, mesmo quando custa tudo. Foi uma experiência que me marcou profundamente, tanto como ator quanto como ser humano”, conclui.
