Passados 52 anos desde a prisão durante o regime militar, o cantor e compositor Caetano Veloso recorda os momentos marcantes do ocorrido, no documentário Narciso em férias, assinado pela dupla Ricardo Calil e Renato Terra (a mesma que concebeu, há uma década, Uma noite em 67). O filme integra a seleção oficial, em mostra Fora de Competição, do Festival de Veneza, que será presencial, no período entre 2 e 12 de setembro.
Coproduzido por Walter Salles e João Moreira Salles, em produção assinada por Paula Lavigne, o longa revela pensamento íntimos de Caetano acerca dos 54 dias de prisão, a contar do dia 27 de dezembro de 1968, mesma data da prisão do amigo e parceiro Gilberto Gil.
O título da obra Narciso em férias figura no livro Verdade Tropical, e foi retirado de obra de F. Scott Fitzgerald, acentuando a dramaticidade do período passado em esquema de solitária. "Quando a gente é preso, é preso para sempre", enfatiza Caetano, ao lembrar de uma frase antológica ouvida do amigo, músico, escritor e designer Rogério Duarte, um dos criadores da Tropicália.
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