ARTES VISUAIS

Recorde de inscrições

Nahima Maciel
postado em 10/08/2020 20:20 / atualizado em 10/08/2020 20:21
 (crédito: João Trevisan/Divulgação)
(crédito: João Trevisan/Divulgação)

Este ano, o Salão Anapolino teve recorde de inscrições. Foram 1.200, sendo que 1.185 acabaram homologadas. O número é maior que nas últimas três edições, quando as inscrições ficaram numa média de 800. “Não tivemos inscrições somente do estado de Roraima. Acredito que o contexto da pandemia e do desmonte geral da cultura em âmbito nacional, tenha sido um dos principais fatores para um número tão expressivo”, explica o curador do evento, Paulo Henrique Silva.

Essa é a 25ª edição do salão, um dos mais tradicionais do Centro-Oeste, realizado pela Prefeitura de Anápolis e pela secretaria municipal de Cultura. Na categoria Mostra Nacional, o prêmio é de R$ 10 mil para os três melhores trabalhos. Este ano, foi criada a categoria Fomento à Produção Anapolina, destinado a artistas de Anápolis e com prêmio de R$ 2,5 mil para os quatro melhores trabalhos. Entre os inscritos, 24 nomes devem integrar a mostra que, por conta da pandemia, teve data e formato alterados.

A montagem física terá início em 10 de agosto na galeria de Artes Antônio Sibasolly, em Anápolis. Será feito então um registro audiovisual da exposição para ser hospedado no site de inscrições do Salão. “A ideia é, assim que for liberado por decreto, ainda com data indefinida, abrir a mostra ao público com todas as regras de segurança (uso de máscara, álcool gel e número reduzido de visitantes)”, avisa Paulo Henrique. “Posteriormente, acreditando que os tempos já estarão melhor, temos a previsão de abertura da mostra no Centro Cultural da UFG em Goiânia.” A mostra em Goiânia deve começar em 21 de novembro, quando serão anunciados os premiados, e a previsão é que fique em cartaz até 29 de janeiro de 2021. Em 21 de novembro, também haverá uma mesa redonda com Wagner Barja, Adelaide Pontes e Clarissa Diniz, membros da comissão de seleção, e Claudinei Roberto da Silva, Samantha Moreira e Vania Leal, responsáveis pela premiação.

Para Wagner Barja, ex-diretor do Museu Nacional da República e membro do júri do Salão Anapolino, foi difícil chegar a uma seleção. “Eu acho que o afastamento social, face à pandemia, não afastou os artistas de sua produção. O salão teve mais de mil inscrições. Eu já participei, como jurado, de muitos prêmios, mas dessa vez foi difícil”, conta. “É bom dizer que o Distrito Federal ficou bem na fita no gargalo da seleção. Foram três selecionados, numa condição de igualdade com grandes centros hegemônicos. A produção realizada por aqui, assim como em todo Centro-Oeste, dialoga com o país do Oiapoque ao Chuí”, garante o jurado.

De Brasília, entraram para a seleção Rodrigo d’Alcântara, Pamella Anderson e João Trevisan. Rodrigo teve duas obras selecionadas: Capikarã e Híbrida. João Trevisan coletou, ao redor do ateliê, os materiais brutos para criar as peças. A internet e seu impacto no cotidiano é tema das pinturas de Pamella Anderson que, desde 2016, explora o tema com viés do comportamento dos brasileiros na web.

 

 

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