Premiação

Filme brasileiro em realidade virtual 'A linha' vence categoria no Emmy

O anúncio foi feito, nesta semana, pela Academy of Television Arts & Sciences (ATAS)

Adriana Izel
postado em 03/09/2020 15:51 / atualizado em 03/09/2020 15:59
 (crédito: ARVORE/Divulgação)
(crédito: ARVORE/Divulgação)

O curta-metragem brasileiro A linha, do diretor Ricardo Laganaro, conquistou o Emmy na categoria Outstanding Innovation in Interactive Media (Melhor inovação em programação interativa, em português), que reconhece trabalhos que evoluam os conceitos de arte e ciência em mídias interativas. O anúncio foi feito nesta semana pela Academy of Television Arts & Sciences (ATAS).

A revelação faz parte da primeira relação de premiados do 72º Emmy Awards, que integra as categorias técnicas e é escolhida por um painel de profissionais especializados em cada área. Os prêmios serão entregues na cerimônia do Creative Arts Emmy Awards, que será em 17 de setembro de forma virtual.

A linha é uma narrativa ambientada na década de 1940 em São Paulo e aborda a história entre Pedro e Rosa. Além do romance, a produção tem como tema a quebra de rotina, já que a narrativa se destrincha a partir do dia em que Pedro, um entregador de jornal, não consegue colher uma flor amarela para deixar, anonimamente, para Rosa, a florista, e precisa buscar outro caminho. A tecnologia em realidade virtual se dá através da visualização de uma maquete em que é ambientada a história, que dura 15 minutos. A obra tem narração de Rodrigo Santoro.

O filme já havia sido premiado como Melhor experiência em VR no 76º Festival de Veneza e ainda nos prêmios internacionais Biennale Cinema 2019, Kaohsiung Film Festival, VR Days: Halo awards (Silver) e Pixel Show: Melhor Storytelling & Inovação e Criatividade. Ao longo de 2019 passou por vários festivais e, neste ano, teve exibição na edição virtual e conjunta do Festival de Cannes com o Festival de Tribeca.

"Quando tivemos a notícia de que éramos finalistas foi uma loucura. A gente ficou se beliscando. É um projeto do Brasil, feito por brasileiros, num prêmio de melhor inovação. Sempre pensamos que poderíamos ser protagonistas dessa revolução. Mas a hora que você tem endosso de Veneza, em outros festivais e terminando com a Academia de TV America de Hollywood nos considerando um dos projetos mais inovadores do ano, sem dúvida, a gente vê que o nosso discurso realmente não era maluco", avalia o diretor Ricardo Laganaro ao Correio.

"O Emmy é uma consagração dessa jornada. Coloca a realidade virtual brasileira na linha de frente, tanto em termos de tecnologia, quanto de conteúdo", completa Rodrigo Terra, produtor executivo e integrante da ARVORE Immersive Experiences, produtora do filme.

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