Nilo Penetra não era um nome tão conhecido na cena do samba de Brasília, na qual poucos sabiam tratar-se de um compositor com sambas gravados por Beth Carvalho, Zeca Pagodinho e Jorginho do Império. Carioca, servidor aposentado do Superior Tribunal de Justiça, morador de Brasília desde a década de 1960, ele morreu nesta quarta-feira (9/9), pela manhã, deixando mulher e dois filhos. A causa do óbito não foi divulgada.
Entre os sambas que tem Penetra como coautor estão Exaustino, incluído no CD Zeca Pagodinho 2 --Gafieira, de 2000; Nosso samba tá na rua, que deu o título ao álbum, gravado ao vivo e lançado em 2011 por Beth Carvalho; e Paixão na veia, que Jorginho do Império gravou em 2017. Outras composições dele eram ouvidas em rodas de samba da capital.
"Conheci o Nilo em 2007. Nos tornamos amigos e levado por ele passei a frequentar rodas de samba na Asa Sul, Asa Norte, Cruzeiro e Taguatinga. O via como um compositor intuitivo e dono de grande criatividade. Nos locais onde íamos recebia sempre acolhida carinhosa dos sambistas, também pelo seu carisma", ressalta Luiz Ayiô. "Um outro amigo dele é Carlos Elias. Mesmo distante do eixo Rio-São Paulo tinha o talento bem assimilado por nomes destacados da MPB", acrescenta.
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