REDES SOCIAIS

Júlio Cocielo vira réu pelo crime de racismo por comentários no Twitter

MP acusa influenciador digital e youtuber por publicações feitas entre 2011 e 2018. Crime de racismo é imprescritível e prevê pena de de 2 a 5 anos de prisão

Correio Braziliense
postado em 15/09/2020 18:39 / atualizado em 15/09/2020 18:45
 (crédito: Reprodução/Youtube)
(crédito: Reprodução/Youtube)

O youtuber e influenciador digital Júlio Cocielo virou réu pelo crime de racismo por causa de publicações feitas nas redes sociais, principalmente no Twitter, entre 2 de novembro de 2011 e 30 de junho de 2018.

A denúncia aceita no Ministério Público de São Paulo, em 8 de setembro, foi protocolada pela juíza Cecilia Pinheiro da Fonseca, titular da 3ª Vara Criminal do Fórum Criminal da Barra Funda. O crime de racismo é imprescritível e prevê pena de de 2 a 5 anos de prisão.

Uma das postagens de maior repercussão foi feito em junho 2018. À época, o youtuber disse que o jogador de futebol francês Kylian Mbappé "conseguiria fazer arrastões top na praia", por causa da velocidade em que corria em campo. Após ser criticado e perder seguidores, Cocielo fez um vídeo pedindo desculpas em que disse que a “ignorância” foi combatida com “conhecimento” (assista o vídeo abaixo).

O influenciador tem o prazo de 10 dias para apresentar defesa e possíveis testemunhas. O Correio entrou em contato com o youtuber por e-mail e aguarda retorno.

Denúncia

A denúncia foi apresentada pela promotora Cristiana Steiner, que entendeu que "Cocielo praticou e incitou a discriminação e preconceito de cor por meio de comentários publicados em seu perfil no Twitter".

Para Steiner, as publicações de Cocielo "reforçam os estereótipos contra os negros numa mídia de largo alcance, sua atividade profissional e sua fonte de renda, contribuindo de modo eficaz para a incitação e proliferação do racismo e de todas as suas consequências psíquicas, sociais, culturais, econômicas e políticas".

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