A cena do indie pop nacional é ocupada cada vez mais por Chameleo (com pronúncia “camilio”), de 26 anos. Metamorfose e desapego são palavras que descrevem o cantor, que junta o nome próprio, Leo, com a paixão por répteis, especificamente, “camaleão” escrito em inglês. Em julho deste ano, ele lançou o single Você me fu***, seguido por Vai querer, em setembro.
O cantor descobriu a paixão pela música aos 7 anos de idade, quando entrou para o teatro e aprendeu guitarra. Chameleo teve uma formação musical nos Estados Unidos e, em 2017, lançou o primeiro single, Better land, em inglês. No Brasil, o foco maior é no nacional. Em entrevista ao Correio, o compositor ressalta que essa mudança foi um processo de aceitação pessoal durante os anos.
“Antes era um alter ego, um lado mais profundo, ora melancólico. Hoje, Chameleo sou eu da forma mais genuína, mais pura, sem esconder nada”, explica o cantor. “Entendo que eu posso ser um homem gay e me expressar da forma que faz sentido pra mim, que vai de encontro com quem eu sou e o que acredito”, complementa.
Com personalidade extrovertida e traços criativos, Chameleo passa muito da personalidade nas canções. Na hora de compor uma letra, a inspiração depende do que o cantor vivencia no período. “Muitas vezes escrevo sobre frustrações, a forma como nos relacionamos, boys, ansiedade, sexo.”
Chameleo é inspirado por artistas da América Latina e da Europa, como, por exemplo, Rosália, da Espanha; Nathy Peluso, da Argentina; o cantor Mahmood, da Itália; e também Pabllo Vittar. “Seria um sonho colaborar com qualquer um deles assim como foi trabalhar com a Pabllo”, compartilha.
Parceria com Pabllo Vittar
Chameleo, nesta sexta-feira (13/11), estreou o single Frequente(mente), acompanhado por um clipe de ficção científica, ao lado de Pabllo Vittar. “Ela (Pabllo Vittar) escutou a música e pediu para participar. Apesar da amizade, eu quase caí para trás quando se concretizou”, diz Chameleo. Segundo o cantor, há um tempo que eles programavam de realizar algum trabalho juntos.
Em Frequente(mente), um jogo de palavras no nome indica cicatrizes e desconfianças. “A música fala sobre ser enganado, não ser verdadeiro com a pessoa que está com você e escutar mentiras”, conta Chameleo, que revela estar satisfeito com o novo single e com o clipe.
Com direção de Federico Devito, publicitário e amigo do artista, a produção audiovisual traz elementos futuristas, de ficção científica, figurinos e lasers. Chameleo compartilha que o processo de filmagem foi bem natural. “O dia de gravação foi um dos dias mais divertidos da minha vida. Pelo fato de sermos amigos, a conexão já estava lá.”
“Quando tivermos uma vacina e for seguro retornar com as atividades envolvendo aglomerações, como são os shows, estarei preparado e com fogo nos olhos pra me jogar nos palcos novamente”, garante Chameleo sobre o retorno dos shows, quando a pandemia acabar. Brasília, inclusive, segundo ele, está na lista para futuras apresentações.
*Estagiária sob supervisão de Adriana Izel
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