Audiovisual

Sexta-feira 13: Filmes de terror impulsionam estreias de cinema

Entre muita diversidade filme, possessão, terror psicológico e assombração são os gêneros que se destacam nesta semana nos cinemas brasileiros

Ricardo Daehn
postado em 13/11/2020 06:00
Cena do filme 'Possessão O último estágio'. -  (crédito: PlayArte/Divulgação)
Cena do filme 'Possessão O último estágio'. - (crédito: PlayArte/Divulgação)

Em meio à pandemia, o cinema, pelas estreias de filmes, abre portas para tramas de tonalidades muito divergentes que vão do alento e da solidariedade até o mais puro e sombrio terror. Na linha da leveza absoluta, chega o longa O segredo: ouse sonhar, assinado por Andy Tennant e estrelado por Katie Holmes e Josh Lucas. Em foco está o poder da mentalização positiva, ao alcance da vida de uma mãe, endividada, viúva e com três filhos. Mas as salas de cinemas do DF têm mesmo encontro marcado com tramas violentas de terror e fluentes em inquietações psicológicas.

Cena do filme 'O 3º andar - Terror na Rua Malasaña'.
Cena do filme 'O 3º andar - Terror na Rua Malasaña'. (foto: Paris Filmes/Divulgação)

 

Na linha assustadora, O 3° andar — terror na rua Malasana, dirigido pelo espanhol Albert Pintó, revela uma trama repleta de empilhamento de corpos, num misterioso jogo envolvendo passado e presente. Conhecido pela direção do longa RIP, Albert Pintó, no novo filme, explora horror que mescla casos extraconjugais, castigo e questões com fundo religioso. Tudo muda na vida dos protagonistas que integram a família Olmedo, e, saídos do interior espanhol, avançam para Madri, ocupando apartamento na rua Manuela Malasana.

Manolo e Candela são os pais de três jovens que passam por sufoco quando dão pelo sumiço de um dos filhos. Mesmo contando com o apoio do avô Fermín, a família se vê esfacelada com uma situação que interfere e agrava tudo: os sentimentos de pesar escapam do plano mental e passam a interferir na já amargurada realidade da família que vive o 1976 espanhol, sufocado pelo rescaldo da ditadura de Francisco Franco.

No outro filme de terror que chegas às salas de cinema, igualmente está o peso de uma família destroçada. Possessão: O último estágio tem o apelo da presença do britânico Robert Kazimsky (Capitã Marvel) e de Caden Dragomer, intérprete no filme de Mason, menino cujo comportamento causa desespero no pai Joel (Kazimsky). Há possibilidade forte da perda do filho por causa do agravamento de possessão demoníaca escalonada para evoluir em três estágios. O último deles corresponde à completa assimilação da entidade como parte integral da alma do personagem.

Possessão: O último estágio tem direção de Pearry Reginald Teo, artista nascido em Singapura e lembrado por filmes como Os caçadores de fantasmas. No enredo de Possessão há um estranhamento inicial, desde que o menino Mason pisa no quarto de dormir dele. Para o despistar dos vultos que ele diz perceber, o pai entrega uma câmera com potente flash, mas chega um pouco atrasado, já que o patriarca passa a incorporar as visões. É quando entra em cena um padre...

Terror real

Ainda dentro da leva de visão aterrorizante que toma conta das salas de cinema, há Monos: entre o céu e o inferno, filme que é o candidato colombiano à vaga do Oscar de melhor filme internacional a transcorrer em 2021. Em entrevista ao Correio, o diretor Alejandro Landes traça até mesmo paralelo do conteúdo do longa com a opressão gerada pela pandemia: “Na quarentena, há isolamento, medo e suspeitas que recaem sobre outros.” Na premiada fita de Landes, um grupo de adolescentes é doutrinado guerrilheiro em um indefinido país latino.

Guerrilha e paramilitares cercam a realidade tenebrosa da personagem da atriz Julianne Nicholson (Eu, Tonya), feita refém numa selva desoladora. Influenciado pela literatura de Joseph Conrad, e à frente de filmagens próximas a Rio Samaná, Landes assume ter criado um ambiente sinistro no qual ecoa a constante ameaça de paz na Colômbia. “São décadas de guerra civil. Claro que os colombianos lutam. Trata-se de uma sociedade oficiosa (estruturada em razão, trabalho e progresso)”, conclui.

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