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A visão feminina sobre diversas questões é tema das estreias no cinema

'Pacarrete', 'Mulher oceano' e 'Boni Bonita' apresentam diferentes posicionamentos femininos por meio de filmes engajados socialmente

Ricardo Daehn
postado em 26/11/2020 07:19 / atualizado em 26/11/2020 10:06
Pacarrete: novo brilho de Marcélia Cartaxo no cinema brasileiro -  (crédito: Luiz Alves/ Agencia Pressphoto)
Pacarrete: novo brilho de Marcélia Cartaxo no cinema brasileiro - (crédito: Luiz Alves/ Agencia Pressphoto)

Num contraponto à figura masculina de Hector Babenco, um time de produções nacionais dá vazão a fortes personagens femininos, com os novo longas Mulher oceano, Boni Bonita e Pacarrete. Esse último, é uma produção nordestina e que mostra um passado de glórias para uma protagonista envelhecida e algo rancorosa, pouco disposta a se sintonizar com novas realidades. Pacarrete é interpretada com garra por Marcélia Cartaxo, no filme que foi consagrado, ano passado, no Festival de Gramado, e que, pela pandemia, apenas agora chega às telas do país.

Melhor filme (júris oficial e popular), melhor atriz, direção, roteiro e atores coadjuvantes (Soia Lira e João Miguel) consagraram Pacarrete em Gramado. O filme de Allan Deberton analisa a dolorosa realidade de uma bailarina tida como insana no interior do Ceará. Ela, pela vez, luta para se provar interessante e habilidosa nas artes.

Também imersa nas artes, uma das protagonistas de Mulher oceano puxa a trama do longa de estreia da diretora Djin Sganzerla. O filme, com roteiro de Djin (filha dos renomados Helena Ignez e Rogério Sganzerla) e de Vana Medeiros, mostra uma escritora, isolada em Tóquio, ao lado do marido diplomata, que se vê ligada à outra mulher, moradora do Rio de Janeiro, e que tem por desfio o nado e o teste de atravessar 35 quilômetros da área entre o Leme e o Pontal da Barra. As transformações internas femininas norteiam o filme que conta com as participações de Lucélia Santos, Stênio Garcia e Jandir Ferrari. Atriz de Meu nome é Dindi e Falsa loura, Djin, constantemente, reforça que a genética a predispõe à criatividade.

A ausência temporária de inspiração de um roqueiro chamado Rogério (Caco Ciocler) é o ponto de partida para o longa Boni Bonita, assinado por Daniel Barroso. Versando sobre ponte de afetos entre um brasileiro e uma moça argentina, papel de Ailín Sales, Boni Bonita trata de desafios como o fato de ela ter 17 anos e, ele, 38, de machismo e de relações díspares. Os cantores Otto e Ney Matogrosso completam o elenco.

Outras estreias

Cena do filme Meu querido elfo
Cena do filme Meu querido elfo (foto: Vlad Leschinski / Divulgação)


Meu querido elfo
De Evgenly Bedarev.
Na aventura infantil russa, uma bruxa e um elfo nada amistosos avançam na vida de uma mãe que busca paz no novo apartamento recém-comprado.

Produção coreana de terror: Invasão zumbi 2, península
Produção coreana de terror: Invasão zumbi 2, península (foto: Paris Filmes/ Divulgação)

 

Invasão zumbi 2 — Península

De Sang-ho Yeon.
Filme de terror coreano em que, passado um ataque zumbi em um trem-bala, um antigo soldado retorna ao local para apenas encontrar um forte mistério na trama do passado.

 

 


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  • Cena do filme Meu querido elfo
    Cena do filme Meu querido elfo Foto: Vlad Leschinski / Divulgação
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    Produção coreana de terror: Invasão zumbi 2, península Foto: Paris Filmes/ Divulgação