MÚSICA

Som londrino à brasileira

Pedro Ibarra*
postado em 07/12/2020 20:45
 (crédito:  Bruno Cabral/Divulgação)
(crédito: Bruno Cabral/Divulgação)

Com quatro lançamentos em 2020, CESRV, ou Cesinha, produtor musical paulista e Dj de festas mostrou ao Brasil as próprias credenciais e vem consolidando uma carreira autoral longe das pistas de dança. Com referências de bass, house, grime, mas também de uma vivência dentro de estúdios gravando desde novo, CESRV se apresenta como uma aposta que pode saltar da cena alternativa para o público maior.

Um dos maiores motivadores do sucesso recente do produtor é o EP BRIME!. Lançado em março deste ano, o trabalho de estúdio do produtor em parceria com os artistas Fleezus e Febem ganhou repercussão nacional e já é apontado na crítica especializada como uma das melhores novidades do ano. “Quando a gente estava fazendo o BRIME!, a gente sabia, sim, que aquilo era uma coisa completamente diferente do que tem no cenário, mas a gente não imaginava que ele ia ser tão bem-aceito e tão relevante”, afirma Cesinha.

“A nossa meta número 1 desde o começo era trazer as influências brasileiras, fazer um som que a gente gosta e mostrar para os gringos, principalmente para os ingleses, que a gente estava usando referências deles, mas fazendo da nossa maneira”, explica o músico. O disco foi produzido em processo que envolveu uma viagem dos três músicos a Londres, para shows. Eles chegaram a gravar uma faixa completa no estúdio da Red Bull na cidade. O álbum fala de futebol, de festa, de como os três artistas veem o mundo e, sobretudo, sobre a realidade que vivem.

As influências podem ter vindo de longe, da terra da Rainha, mas foi no Brasil que Cesinha encontrou o amor pela música e foi no bairro de Bela Vista em São Paulo que se achou como produtor musical. Frequentando uma boate que no andar de baixo tocava rap e no de cima house o jovem, que antes queria ter uma banda, mergulhou no eletrônico. Esse novo trabalho é apresentado no segundo EP de 2020, intitulado Bela Vista. Cesinha sai agora de um escopo reduzido e caminha para conquistar mais públicos, no Brasil e no mundo.

“Quando eu comecei com bandas, eu nunca imaginei que hoje estaria trabalhando com vários artistas e produzindo para um monte de gente legal. Acredito que foi um processo próprio de amadurecimento dentro da música para eu conseguir fazer o que eu estou fazendo hoje em dia”, analisa o músico projetando um futuro em que poderá voltar a apresentar o trabalho nas pistas de dança e estar em contato com os fãs da nova fase do trabalho.

* Estagiário sob a supervisão de Vinicius Nader

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