Cinema

Filme brasileiro sobre confinamento é selecionado para Festival de Sundance

Gravado antes do contexto da pandemia do novo coronavírus, 'A nuvem rosa' tem direção e roteiro de Iuli Gerbase, e concorre na categoria World Dramatic Competition no festival estadunidense

Correio Braziliense
postado em 16/12/2020 20:22
 (crédito: Anuvemrosa/divulgação)
(crédito: Anuvemrosa/divulgação)

Com roteiro e direção de Iuli Gerbase, o filme brasileiro A nuvem rosa está entre os selecionados para a próxima edição do Festival de Sundance, um dos mais importantes do cinema mundial. Participando da categoria World Dramatic Competition (em tradução livre, competição dramática mundial), o longa-metragem mostra uma nuvem rosa tóxica que surge em diversos países, forçando todos a ficarem confinados.

Um fato curioso sobre o filme é que ele foi produzido antes da pandemia e, de alguma maneira, já antecipava o momento atual e os conflitos que fariam parte do novo cotidiano imposto pelo combate ao novo coronavírus. "É uma enorme coincidência lançar um filme sobre personagens presos em meio a uma quarentena mundial. Já estávamos editando o filme há meses quando a pandemia começou, e a sensação de termos filmado o futuro sem querer foi muito estranha, principalmente por termos um elemento surrealista tão presente na história", explicou a diretora por meio de nota.

A nuvem rosa retrata Giovana (Renata de Lélis), presa em um apartamento com Yago (Eduardo Mendonça), um rapaz que havia acabado de conhecer em uma festa. Enquanto esperam a nuvem passar, eles precisam viver como um casal. Ao longo dos anos, Yago vive a própria utopia, enquanto Giovana sente-se cada vez mais aprisionada.

Este é o primeiro longa-metragem da diretora, que já assinou seis curtas-metragens selecionados para diversos festivais internacionais como TIFF e Havana Film Festival. Ela acredita que o público poderá se identificar com os conflitos dos personagens. "Além disso, como nunca foi a intenção de que a nuvem representasse um vírus, acreditamos que o filme vai além da pandemia e traz reflexões que continuarão a ser pertinentes por muitos anos, como a repressão às mulheres e o desejo de liberdade", avalia Gerbase, também por meio de nota. A produção também está prevista para estrear em 2021, no Brasil.

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