FESTIVAL

Bate-cabeça virtual

Devana Babu*
postado em 17/12/2020 20:33
 (crédito: Blenda Souto Maior/DP/D.A Press - 28/2/14)
(crédito: Blenda Souto Maior/DP/D.A Press - 28/2/14)

Este ano, os frequentadores do Porão do Rock terão que bater cabeça em casa. Por causa da pandemia, a 23ª edição de um dos maiores festivais de rock do país será realizada em formato de live, pelo canal do evento no YouTube. Amanhã e domingo, grandes bandas do metal, rock, pop e rap nacional subirão ao palco de uma megaestrutura montada no galpão da Marc Systems, empresa responsável pela transmissão, em Brasília.

“É a primeira vez que a gente realiza dessa forma, mas eu já botei na minha cabeça, e nós, da produção, já definimos que, se for possível, mesmo que as próximas edições sejam presenciais, devemos manter a transmissão ao vivo”, afirma Gustavo Sá, fundador do evento, que foi financiado por meio de emendas parlamentares. O acesso ao canal do YouTube será gratuito e, posteriormente, todos os vídeos das apresentações serão postados no espaço.

O primeiro dia de festival será dedicado ao rock, com as bandas Krisiun (RS), Dead Fish (ES), Autoramas (RJ) e os artistas locais DFC, Caos Lúdico, Estamira e Mariana Camelo. A programação começa às 18h e será encerrada com a transmissão de Temple of Shadows in concert, filme do músico Edu Falaschi (SP), que será lançado com exclusividade no Porão do Rock.

No segundo dia, a partir das 17h, uma gama maior de estilos passa pela programação, com Marcelo D2 (RJ), lançando o disco Assim tocam meus tambores; Francisco El Hombre (SP), com a participação especial da banda Muntchako (DF); Tuyo (PR); e os brasilienses Alf Sá, Realleza, Lupa e Surf Sessions.

Segundo Gustavo, a diversidade sempre esteve no DNA do evento, desde os primórdios. “No mundo de hoje, o rock se diluiu em diversas vertentes. Atualmente, tem várias bandas de rock que, se você me perguntasse há uns 10, 20 anos, eu não diria que são rock. Mas o rock não é só guitarra. Ele também é atitude. Tem artistas que não são de rock que são muito mais rock do que muita banda de rock”, conceitua o produtor.

Mesmo virtualmente, vários protocolos de segurança serão seguidos: a equipe será reduzida, as bandas se dirigirão ao local uma de cada vez e não se encontrarão nos bastidores. E, por falar em bastidores, o Porão também arrecadará fundos para o coletivo Backstage Brasília, em benefício dos operários de eventos culturais, uma das categorias mais atingidas pela atual crise. “Não existe evento sem a galera da graxa”, lembra Gustavo.

*Estagiário sob a supervisão de Humberto Rezende

 

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Porão 2020 Live Festival. Amanhã, a partir das 18h, e domingo, a partir das 17h. Trasmissão gratuita pelo site youtube.com/poraodorockoficial. O festival também está arrecadando fundos para o coletivo Backstage Brasília, por meio do site vakinha.com.br/vaquinha/backstage-sem-fome

 

 

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