Música

Expoente do folk rock brasiliense, Adriano Beckman lança EP 'O despertar'

Com 5 faixas, o disco traz sonoridades do folk rock, bolero, e do rock nacional. O cantor e compositor traça novos rumos à carreira, que traz na bagagem bandas como Lendário e Adrenalina, apadrinhadas pelo ícone Marcão Adrenalina

Lisa Veit
postado em 05/01/2021 21:04 / atualizado em 05/01/2021 21:05
Trabalho tem menos guitarras e sons híbridos -  (crédito: Adriano Backman/Divulgação)
Trabalho tem menos guitarras e sons híbridos - (crédito: Adriano Backman/Divulgação)

O cantor e compositor brasiliense Adriano Beckman acaba de lançar o projeto O despertar, EP autoral com 5 faixas compostas pelo artista e produzidas em parceria com os produtores Henrique Ferreira e Marcos Paulo, também da cidade. O disco já está disponível nas plataformas digitais e fala sobre sentimentos relacionados ao amor e à música.

A ideia para o novo trabalho surgiu em meados de 2019 e foi desenvolvida no período de seis meses pelo artista junto aos produtores. O despertar marca uma nova fase, mais estruturada, madura e direcionada aos rumos que o brasiliense pretende seguir na carreira autoral. “Conversei com o Marcos Paulo, produtor local responsável pelo Orbis Estúdio, e planejamos um EP de cinco ou seis canções, focado no público que queremos alcançar. Ele (Marcos Paulo) me apresentou Henrique Ferreira, maestro, instrumentista e arranjador responsável pela criação do álbum. Apresentei minhas composições e trabalhamos juntos nos arranjos e na gravação. É um trabalho muito mais elaborado, com mais tempo de planejamento e voltado às referências da proposta folk rock”, explicou Adriano, comparando o novo trabalho ao EP anterior, Seja você, gravado no formato ao vivo, em 2016.

O músico também conta que, desta vez, optou por usar menos guitarras, e trazer sons mais híbridos, garantidos pelo timbre acústico do violão. Há também, na canção intitulada Bolero, a participação do violoncelista brasiliense Gidesmi Alves, membro da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro. O instrumento incorpora novas sonoridades ao trabalho de essência folk rock e de rock nacional.

Como o disco foi gravado em 2019, o limite imposto pela pandemia foi o de atraso na divulgação dos singles de trabalho. Por esse motivo, precisou postergar também o lançamento do disco, que só ocorreu em 1º de janeiro deste ano. Ao fim de 2020, reuniu-se com os parceiros de banda, Itazil Junior (baixo) e Wesley Gomes (bateria), o produtor Henrique Ferreira, e o filmmaker Marcus Oliveira para a captação dos clipes, que serão lançados aos poucos. O primeiro clipe, do single Meu mundo é dela, foi publicado no canal do YouTube, em 25 de dezembro. Confira:

Carreira

No início da carreira musical, em 2002, a vertente mais explorada pelo artista era o heavy metal e outros subgêneros similares do “rock pesado”. Desde então, encabeçou duas bandas de pop rock com o músico Itazil Junior, que também é compositor e cantor do gênero em Brasília. “Tivemos um espaço interessante entre 2005 e 2010, com a Lendário e a Adrenalina. Eram bandas de pop rock e, desde então, tínhamos o intuito de trabalhar com canções autorais. Neste momento, recebemos o apoio essencial do Marcão Adrenalina, uma referência da década de 1970 e 1980, daqui de Brasília, que figurou ao lado de bandas como a Legião Urbana. Ele nos deu um impulso, abrindo portas na Transamérica e outras mídias locais”, conta Adriano.

Em 2011, o artista decidiu iniciar o trabalho solo, o que garantiu maior liberdade para desenvolver a veia autoral, agora no segmento folk rock. Desde então, pôde conhecer o circuito musical de Brasília e fazer algumas participações e parcerias com bandas locais, algumas voltadas para o trabalho cover, além de tocar em eventos e casas de show da cidade.

Em 2016, o músico lançou o primeiro EP solo, Seja você, com parceiros, assinando também as cinco faixas como compositor. “Com base nesse trabalho, migrei para festivais nacionais, voltados para MPB. Entre 2016 e 2018, viajei bastante para o interior de Minas Gerais, do Rio Grande do Sul, Goiás, e por meio do disco pude conhecer muitos artistas nacionais interessantes”, lembra.

A partir de 2020

Apesar de 2020 ter sido um ano muito difícil, (antes de passar pela pandemia da covid-19, o músico enfrentou a morte do pai), Adriano nutre otimismo para o novo ciclo. “Não podemos achar que essa é uma doença normal. Estamos torcendo muito para que a vacina chegue e eu tenho o otimismo e a expectativa de que 2021 vá ser um ano muito bom para nós artistas. Não à toa, hoje temos as ferramentas da internet que facilitam a questão da comunicação e do elo, de chegarmos às pessoas mesmo que não seja fisicamente. Torço muito para que 2021 seja muito melhor, a partir do aprendizado que tivemos pelo que aconteceu”, finaliza.

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