Foi em 1887, pelo que registra o roteiro do filme de Valérie Donzelli, Notre Dame (uma das estreias nos cinemas da cidade), que escritores, pintores, escultores e arquitetos buscaram preservar a beleza de Paris, rechaçando a Torre Eiffel. Alexandre Dumas e Guy de Maupassant assinam um texto público contra “a ereção” centralizada em monumento na capital. Retroceder no tempo explica muito do tema exposto na nova comédia francesa estrelada por Valérie, que vive Maud. Na trama, ao acaso, ela será posta no fogo cruzado da opinião pública, frente à aprovação de um polêmico projeto arquitetônico que reanima os arredores da estação de metrô perto da Catedral de Notre Dame.
No filme, a personagem de uma advogada surge para vociferar: “Quem tem o direito de determinar o que é ou não uma obra de arte?”. O questionamento beneficia Maud que, em meio a uma crise amorosa e existencial, tem um estranho projeto dela escolhido pela prefeitura de Paris para reformar o pátio diante da catedral de Notre Dame. A estrutura prévia da obra faz lembrar figura fálica. Em cena, para maiores complicações está o ex-marido de Maud, Martial (Thomas Scimeca), uma incômoda presença.
Também vem da França outra atração que chega à telona de cinema: Aznavour por Charles, documentário assinado em parceria entre o produtor artístico Marc Di Domenico e Charles Aznavour, o célebre cantor que morreu há dois anos, aos 94. Artista de sucessos como She e La Bohème, Aznavour, muitos anos antes de incensado pela crítica, foi auxiliar de Edith Piaf.
Naquela função, foi presenteado por ela com uma câmera 16mm e, cinegrafista amador, passou a não descolar do aparato que evoluiu para uma Super 8. A partir de imagens dele, feitas entre 1948 e 1982, o amigo e produtor Di Domenico criou o documentário Aznavour por Charles, que tem ainda a participação de Mischa, filho do cantor. O ator Romain Duris, a partir de trechos de entrevistas e textos do cantor, recria a narração do homem que, entre outros feitos, se apresentou no Carnegie Hall (Nova York).
Animação
Ambientado no fictício Royal Gate Hotel novaiorquino, Tom & Jerry: o filme recoloca em cena, sob direção de Tim Story (Quarteto Fantástico) os agitados protagonistas criados nos estúdios de William Hanna e Joseph Barbera. Além das criações em animação que desfilam na tela, a mistura com live-action dita a ação em que a personagem de Chloë Grace Moretz, uma funcionária da rede de hotéis, se vê pressionada a impedir que Tom e Jerry estraguem uma aguardada festa de casamento. Michael Peña completa o elenco, no papel do gerente Terrance.
Com uma proposta bem diferente, espalhar medo, o longa-metragem #semsaída segue a linha do thriller, com a trajetória de desaparecimento da personagem Sophie (Kara Kingward-Hughes) e de duas amigas dela. YouTuber, Sophie parte de Londres e pretende se divertir no trecho de viagem entre Los Angeles e São Francisco. Mas, no filme assinado e estrelado por Sam Hardy, muita coisa dá errado, depois que as moças ficam baratinadas com mensagens esquisitas que apontam para o percurso #sigame.
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