Literatura

Escritor brasiliense André Cunha lança livro de ficção futurista

A obra é ambientada em uma realidade em que sacrifícios humanos, desastres ambientais e guerras civis foram normalizados

Geovana Melo*
postado em 26/02/2021 10:17 / atualizado em 26/02/2021 10:56
 (crédito: LC/ Divulgação)
(crédito: LC/ Divulgação)

Um futuro que ainda nem existe foi criado pelo escritor brasiliense André Cunha no livro O futurista - Reportagens que vão mudar o mundo. O lançamento ficcional divulga reportagens investigativas de uma época em que sacrifícios humanos, desastres ambientais e guerras civis fazem parte da nova e desconcertante realidade. “O livro fala da emergência do fundamentalismo religioso, um tema que me parece bem atual, e que extrapolei para o futuro”, conta André Cunha em entrevista ao Correio.

“Aí amarrei essa questão do fundamentalismo religioso com o da crise climática. Nas primeiras páginas do livro, o leitor é informado que em 2030 o mundo atravessa uma severa estiagem, os rios secaram, os mananciais se esgotaram, milhões de pessoas morreram de sede, num dia ameno faz cinquenta graus na sombra. Nesse contexto de escassez, as religiões ganham ainda mais destaque, e aí... bem, está tudo lá”, completa.

A obra apresenta todos esses cenários por meio de reportagens escritas pelo jornalista e personagem Patrick Landall, publicadas no jornal O Futurista. As matérias fictícias narram grandes eventos ocorridos entre os anos 2030 e 2038 e revelam a intimidade de personagens influentes, além dos bastidores de fatos marcantes que transformaram a história da humanidade. No enredo, o protagonista e outros sete profissionais da imprensa internacional foram assassinados pelo Paxá do Quirguistão durante a apuração de uma pauta.

O livro levou dois anos para chegar aos leitores. As grandes reportagens de vários veículos serviram de inspiração para a produção da trama. “Outra inspiração foi o livro Literatura nazista na América, do Roberto Bolaño, uma série de relatos biográficos sobre escritores que nunca existiram, um livro do qual gostei muito, divertido e bem bolado. O Livro dos seres imaginários, do Jorge Luís Borges, sobre animais fantásticos. E muitos outros. Esse tipo de livro, que cataloga algo que não existe, compila coisas imaginárias, faz um inventário de suposições e presságios, inspirou O futurista – Reportagens que vão mudar o mundo”, declara o autor brasiliense.

Sinopse de O futurista

Entre 2030 e 2038, Patrick Landall escreveu uma série de reportagens internacionais para O futurista. Assassinado pelo Paxá do Quirguistão e homenageado com o Prêmio Jamal Khashoggi, o autor dos textos compilados neste volume acompanhou de perto grandes eventos que eclodiram na primeira metade da década, como o surgimento da Arábia Islâmica, do Quarto Reich tibetano e a epidemia de sacrifícios humanos.

Conheça os bastidores dessas transformações, viaje na velocidade supersônica de três mil e quinhentos quilômetros por hora na companhia de uma das mulheres mais influentes do planeta e entenda as causas e as consequências de fatos que mudaram para sempre a história da humanidade. O futurista - Reportagens que vão mudar o mundo é jornalismo de primeira, escrito à queima roupa, com honestidade intelectual e objetividade. Em tempos de fake news e teorias conspiratórias, é indispensável.

O futurista - Reportagens que vão mudar o mundo


De André Cunha, pela Editora Trevo. 223 páginas. Preço: R$43,90. Disponível aqui. 

*Estagiária sob supervisão de Adriana Izel

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