Lourenço Vasconcellos é um músico que teve Brasília como ponto de partida para a trajetória artística. Filho do pianista Renato Vasconcellos e da flautista Beth Ernest Dias, em 15 anos de carreira, o baterista e vibrafonista tem se destacado bastante. Lançou dois discos — um deles com a avó materna Odette Ernest Dias —, fez parte de dois grupos e da orquestra que acompanha o consagrado pianista e compositor Egberto Gismonti.
Radicado no Rio de Janeiro desde 2006, ele lança hoje, nas plataformas digitais Declarações de amor — Vibrafone solo, o segundo álbum solo, de produção independente, com 11 composições autorais, dedicadas a familiares e pessoas amigas. “Acabei de gravar o disco em fevereiro (de 2020), um pouco antes do advento da covid-19. Durante o período da pandemia foram feitas a mixagem e a masterização e criada a arte. Quis fazer o lançamento agora, para que, durante a quarentena, as pessoas possam ter acesso ao trabalho e ouvi-lo com calma”, destaca o instrumentista e compositor.
Entre os temas criados por Lourenço, há Floresta de Cintra, que fez para o pai; Betinha no samba-choro, composta em parceria com a mulher Renata Neves, para a mãe. “Compus também Renata pena no cabelo, que dediquei à minha companheira; Salve a mestra, uma homenagem à pianista Francisca Aquino, e Chicão sorrindo, tributo ao baixista Chico Oliveira, jovem amigo falecido no ano passado”, anuncia o músico.
Formado pela Escola de Música de Brasília, em 2006, Lourenço iniciou o aprendizado de bateria com Ticho Lavenére ainda na adolescência. Já radicado no Rio, obteve o bacharelato, após fazer o curso de composição, entre 2006 e 2010, na Universidade Federal do Rio de Janeiro. “Durante o curso, enturmado na cena musical carioca, toquei no Quinteto Sivuca e na Orquestra Petrobras Sinfônica, sob a batuta dos maestros Carlos Prazeres e Isaac Karabtchevisky, e ainda criei o grupo Trio Três com Francisco Pelegrino (piano) e Lise Batista (contrabaixo)”, diz.
De 2010 a 2016, atuou como baterista, Lourenço integrou a Orquestra Corações Futuristas, que acompanhava Egberto Gismonti, com a qual fez várias apresentações, inclusive num festival de jazz na Bélgica. “Em 2017 lancei meu primeiro disco solo, o Reflexões, com o registro de improvisação de temas da minha autoria. Gravei também, em duo com a minha avó Odette Ernest Dias, o CD intitulado Ondas reflexas, lançado em 2018. Com ela, fiz alguns recitais, inclusive em Brasília, na Casa Thomas Jefferson, em novembro de 2019”, ressalta. “Cresci ouvindo meu pai e minha mãe tocando com grandes músicos brasilienses, algo que também contribuiu para o meu crescimento como instrumentista”, conclui.
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