LANÇAMENTO

Pernambucano Jam da Silva lança o álbum 'Vuko Vuko'

Obra passeia por ritmos como afropop e R&B, encontrando-se naturalmente com gêneros tradicionais brasileiros, como os sambas de roda e coco e o ijexá

Naum Giló*
postado em 23/03/2021 06:00 / atualizado em 23/03/2021 09:21
 (crédito:  Thais Lima/Divulgação)
(crédito: Thais Lima/Divulgação)

A arte desconhece fronteiras. Ela pode ter uma origem definida, mas o destino sempre é incerto. Jam da Silva, cantor pernambucano, sabe bem o que isso significa. O seu próximo álbum, Vuko Vuko, com lançamento marcado para sexta-feira, passeia por ritmos como afropop e R&B, encontrando-se naturalmente com gêneros tradicionais brasileiros, como os sambas de roda e coco e o ijexá.

Segundo Jam, que também é percussionista e compositor, o disco junta África, Brasil e Caribe, incluindo a kizomba angolana e sons da Jamaica. “Essas referências se apresentam recombinadas em cada faixa, delineando uma cartografia insular e urbana, que evoca o Recife, mas também Salvador, Rio de Janeiro, Luanda e Kingston, cidades portuárias, locais de encontros e despedidas, abertas ao estrangeiro e ao intercâmbio cultural”, explica.

Recifense, Jam conta que o álbum Vuko Vuko foi construído ao longo de dois anos e será o mais dançante da sua carreira até agora. O percussionista promete músicas que vão resgatar o público da realidade caótica da pandemia. “O álbum nos relembra de sentimentos universais como alegria, amor, autoconfiança e esperança de dias melhores”, avalia o artista, que lançou dois discos na carreira solo: Dia santo (2008) e Nord (2014), que teve gravações divididas entre Recife e Islândia. Vuko Vuko é o primeiro álbum do artista gravado inteiramente na capital pernambucana e também é o primeiro álbum lançado pela gravadora digital Koro koro music, com sede em Berlim.

Artista global

Entre os vários trabalhos que fez no exterior, Jam gosta de lembrar da parceria no disco Occitanista, do grupo francês de reggae Massilia Sound System, com participação de músicos no mundo inteiro. O álbum Express way, da banda de jazz também francesa Troublemakers, foi outro projeto do qual Jam gostou muito de participar. “A arte transcende idiomas e linguagens, e meu fazer artístico é em favor disso, de quebrar barreiras culturais, geográficas e estéticas, além do desejo pelo desconhecido e pelo amor às diferenças”, avalia o percussionista, que também tem passagem por Angola, onde participou da gravação de três discos. Na França, foram 20.

Vuko Vuko
Jam da Silva. Koro Koro Music, 10 faixas. Disponível nas plataformas Spotify, Apple Music, iTnes Store, Deezer, Tidal e Qobuz, a partir de 26 de março.

*Estagiário sob a supervisão de José Carlos Vieira

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