AUDIOVISUAL

Trio de artistas brasilienses cria projeto multicultural com exibição on-line

Luana Veloso, Lucas Maranhão e Lucas Lino desenvolveram o projeto Piedras Preciosas, em que mesclam dança, música, cinema e poesia. Estreia é nesta sexta-feira (9/5), no YouTube

Pedro Ibarra*
postado em 07/04/2021 06:00
Cena de Piedras Preciosas: variações de linguagens poéticas -  (crédito:  Bruna Veloso/Divulgação)
Cena de Piedras Preciosas: variações de linguagens poéticas - (crédito: Bruna Veloso/Divulgação)

Uma mescla de dança, cinema, música e poesia é o resultado final de Piedras Preciosas, EP visual de Luana Veloso, Lucas Lino e Lucas Maranhão. Os três artistas da cidade se juntaram para fazer esse projeto-curta-metragem, que estreia na sexta (9/5) e no sábado (10/4), às 21h, e domingo (11/4), às 20h, em lives pagas no YouTube. Os ingressos custam a partir de R$ 10 e estão disponíveis no Eventbrite.

O projeto é um emaranhado de memórias contadas por uma narração de Luana Veloso e interpretadas por meio de música e dança. A ideia inicial veio de Luana, fotógrafa e videoartista. Ela convidou Lucas Lino, artista que transita entre música, cinema e design, para, juntos, desenvolverem algo colaborativo. O músico fundador da banda brasiliense Aguaceiro, Lucas Maranhão, foi chamado mais tarde para integrar o projeto. Os três trabalharam no roteiro, Luana assina a direção e a fotografia. Lino e Maranhão organizaram e executaram juntos a trilha sonora. Para a interpretação do texto, foram convidadas as dançarinas Carol Melo, Maíra Maranhão e Pâmela Germano, além dos três criadores do projeto.

“Um dia, uma pessoa me falou: ‘Nossa, você sabe contar histórias, você inventa’ e, com isso, me veio a vontade de criar algo que tivesse essa contação de histórias como a parte principal”, lembra Luana Veloso. Foi a partir dessa vontade que ela convidou os outros dois artistas.

Essa é, portanto, a primeira parceria dos três, afinal foi assim que os destinos deles se cruzaram. “A gente não se conhecia pessoalmente antes do projeto, só tínha um breve contato pelas redes sociais”, conta Lucas Maranhão. “Para mim, foi uma experiência incrível saber se era possível criar de forma virtual, se funciona. Foi bem teste mesmo”, acrescenta Luana. Os três organizaram tudo on-line e só se encontraram para fazer a gravação, da forma mais rápida possível, também pelo produto ter sido todo feito durante a pandemia. “Eu espero que esse projeto possa abrir caminho para trabalhos que usem esse lado on-line de forma mais forte, mas que ainda assim tenham uma troca profunda”, completa Luana.

Quanto ao enredo, o lírico filme, todo gravado em preto e branco, trata de lembranças. “O grande lance do projeto é a narrativa que tem em volta dele, se trata de um momento em que essa protagonista está relembrando o passado”, explica Lucas Lino. “A mente é um lugar muito confuso, as memórias não são exatas. A personagem fica nisso de se questionar, o tempo todo, de como são essas memórias de fato e o que elas podem representar”, acrescenta. Assim, as danças, as músicas e a narração são a mais pura história embaralhada de uma fusão de memórias de todos os integrantes do projeto de forma poética, conceitual e unida.

*Estagiário sob a supervisão de José Carlos Vieira

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