FESTA

Confira a agenda cultural em comemoração ao aniversário de Brasília

De filmes a muita música, confira as opções para celebrar o aniversário de Brasília em casa e com segurança. Há programações até o fim do mês

Irlam Rocha Lima
postado em 20/04/2021 22:52 / atualizado em 21/04/2021 17:39
 (crédito: Produtora ABA/Divulgação)
(crédito: Produtora ABA/Divulgação)

As comemorações dos 61 anos de Brasília terão como ponto alto o I Festival Gira Cultura do Distrito Federal, que ocorrerá de hoje ao próximo dia 30, com uma extensa roda de atividades formativas, que tem como finalidade capacitar e debater ações políticas nesta área. A programação, disponível no site do Correio, pode ser acompanhada gratuitamente pelo canal da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), promotora do evento.

“Tenho a sensação de que aquele que acompanhar as atividades propostas, sairá dessa experiência com conhecimento aprofundado sobre a complexidade das ações da Secec”, afirma o secretário Bartolomeu Rodrigues, que estará em mesa especial de debate sobre Cultura pós-pandemia, no dia 30, às 17h. Ele acrescenta: “Entendo que seja uma função da secretaria capacitar nossos agentes e todos os integrantes do Sistema de Arte e Cultura do DF”.

Um dos destaques do Gira Cultural é a Mostra Brasília 61, idealizada por Rodrigo Torres, gerente do Cine Brasília, com a exibição de filmes e debates. Hoje, na abertura, haverá a apresentação de Dulcina, documentário dirigido e roteirizado por Glória Teixeira, sobre a vida e a obra de uma das mais importantes atrizes brasileiras, que dá nome à faculdade e ao teatro localizados no Conic, Setor de Diversões Sul.

Da mesa debate sobre o filme, programada para amanhã, às 15h, com mediação de Rodrigo Torres, farão parte o cineasta Sílvio Tendler e a atriz Françoise Forton, além da diretora do longa-metragem. “O Dulcina foi premiado no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro de 2019, com quatro Candangos, nas categorias melhor filme — júri oficial e popular — melhor arte e conjunto de atrizes”, destaca Glória Teixeira.

Françoise Forton conta que era pré-adolescente quando conheceu Dulcina. “Fiz vestibular e fui aluna da primeira turma da Faculdade Dulcina. Sempre tive aquela atriz maravilhosa como referência e cheguei a ensaiar ao lado dela para a peça O melhor dos pecados, de Sérgio Viotti, que acabou não sendo encenada em Brasília. Dulcina a levou ao palco no Rio de Janeiro. Na época, estava estudando e não pude participar da montagem. Dulcina foi também uma grande batalhadora pela valorização da nossa profissão”. A artista diz que ficou honrada ao ser convidada por Glória Teixeira para participar do longa-metragem que celebrou a mestra.

O CCBB também participa das homenagens a Brasília com a transmissão pelo canal do Banco do Brasil no YouTube do espetáculo cultural A hora da estrela — O canto de Macabéa, estrelado pela atriz e cantora Laila Garin. Inspirada numa das mais emblemáticas obras de Clarice Lispector, a peça, na versão para as telas, tem adaptação e direção de André Paes Leme, traz canções de Chico César, com arranjos de Marcelo Caldi. Há ainda a participação de Cláudia Ventura e de Cláudio Gabriel.

On-line

A música estará em destaque na celebração dos 61 anos de Brasília. Shows e lançamento de EP e singles farão parte da programação, além da exibição de um espetáculo teatral. Por conta do distanciamento social, determinado pelas autoridades sanitárias em função da pandemia, a maior parte dos eventos poderá ser apreciada de casa, uma vez que a apresentação ocorrerá pelo formato on-line.
Com show hoje, às 16h, na Biroska (Conic), o Forró Red Light lança o EP Tropeiros Trópicos. O trabalho do duo formado por Geninho Nacamoa e Ramiro Galas, que funde ritmos nordestinos com batidas eletrônicas, traz quatro faixas. De acordo com Nacamoa, o significado do título dado ao EP pode ser entendido como o contraste de ser um tropeiro da região dos trópicos. “É um símbolo desses sertões da região central, dessas ‘geraes’ místicas, das profundas matas e ribeirões que trazem em sua história a dialética de pertencermos a um povo esquecido de uma região com tantas riquezas ameaçadas”, ressalta.

Rock acústico

Em live hoje, às 21h, a Ellefante, banda brasiliense de indie rock, faz releitura acústica de músicas do Mansidão, álbum que lançou em 2018, e do EP Ello-F, além de Ibirapuera, single, gravado com a cantora canadense Julie Neff; e outros dois pelo projeto áudio visual Mezanino Session. O show virtual, viabilizado com recursos do Fundo de Apoio a Cultura (FAC), da Secretaria de Cultura, pode ser assistido por quem adquirir ingressos nos valores de R$ 20 e R$ 10.

Com carreira internacional, Fernando Vaz (guitarra), Adriano Pascoa (baixo) e João Dito (bateria), estão juntos no Ellefante há quatro anos. “Fizemos turnê pela Alemanha, onde fomos a única banda latino-americana a tomar parte do Lott Festival, na cidade de Reversberen; e Portugal, e participamos do Indie Rock Festival no Canadá”, conta Vaz. Na quarentena, imposta pela covid-19, a banda vem preparando um álbum, para lançar no segundo semestre deste ano.

Produção caseira

Rockália, projeto autoral de Paulo Veríssimo (Distintos Filhos), que surgiu como um bloco, no carnaval de 2019, homenageia Brasília com o lançamento do single Candango. “Essa música é uma produção caseira em que tivemos como convidado o Digão, vocalista e guitarrista dos Raimundos, uma das bandas mais representativas do rock da capital”, destaca Veríssimo. No projeto, Veríssimo (voz e guitarra) tem como companheiros Ivo Portela (baixo), Maicon Vasconcelos (bateria) e Paulo Thirso (teclado).

Em homenagem

Brasília ganha homenagem também do cantor e compositor Markos Assunção, que lança, hoje, o clipe de BSB by By Night. O vídeo foi produzido especialmente para celebrar o aniversário de Brasília. “A música eu compus há mais tempo e, na letra, falo das minhas lembranças de bares que frequentei, entre os quais Bom Demais, Gate´s Pub e Feitiço Mineiro, além do tradicional Beirute e os barzinhos da 408 Norte, que, felizmente, se mantêm de portas abertas”, comenta Assunção.

Segundo ele, a canção tem um clima urbano e focaliza a noite de Brasília, onde chegou em 1971, vindo de Caxias, no Maranhão. Aqui, ele foi um dos integrantes da banda Afrodisia, produziu e apresentou o programa Nordestinados, na Rádio Cultura, entre 1999 e 2001. O artista também fez produção de discos da cantora e compositora Geórgia Alô e da banda 10ze04, dos quais participou também como compositor.

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