Aniversário de Brasília

Artista plástico Carlos Bracher celebra Brasília em live

O jornalista Silvestre Gorgulho conversa ao vivo com Bracher após a exibição do documentário Âncoras aos céus, dirigido por Blima Bracher, que registrou a passagem do artista por Brasília entre 2006 e 2007

Severino Francisco
postado em 21/04/2021 16:18
Carlos Bracher com painel sobre a construção de Brasília para o Sinduscon, no SIA. -  (crédito: Daniel Ferreira/CB)
Carlos Bracher com painel sobre a construção de Brasília para o Sinduscon, no SIA. - (crédito: Daniel Ferreira/CB)

O mineiro Carlos Bracher, um dos artistas plásticos mais importantes do país, realiza, hoje, às 19h, com transmissão pelos canais YoTube, Instagram e Facebook, do Ateliê Casa Bracher, livre para celebrar os 61 anos da fundação de Brasília. A live exibirá o documentário Âncoras aos céus, dirigido por Blima Bracher, que registrou a passagem de Carlos Bracher por Brasília entre 2006 e 2007, que resultou na produção de 66 pinturas sobre a cidade. Na sequência, o jornalista Silvestre Gorgulho conversa ao vivo com Bracher sobre as fortes conexões do artista plástico mineiro com Brasília.

Na verdade, as ligações de Bracher com Brasília remontam a Diamantina, nos tempos em que a família do artista plástico era amiga da mãe de Juscelino Kubistchek. Bracher sempre acompanhou a trajetória de Juscelino e a sua obra mais importante, a criação de Brasília. Em 1962, quando tinha 21 anos, Bracher viu Brasília pela primeira vez e ficou fascinado pela beleza da cidade: “Fiquei maravilhado com aquela cidade nova, diferente de tudo que havia visto antes. Os palácios pousando num só ponto, tudo elevado como que flutuando, a ausência de cruzamentos de carros. Aquilo me deu muita vontade de pintar.”

Carlos Bracher recorda que o desejo de pintar Brasília foi despertado em 1962, quando viajou para a cidade pela primeira vez, aos 21 anos. “Fiquei maravilhado com aquela cidade nova, diferente de tudo que havia visto antes. Os palácios pousando num só ponto, tudo elevado como que flutuando, a ausência de cruzamentos de carros. Aquilo me deu muita vontade de pintar.”

O desejo só se transformou em realidade entre 2006 e 2007, quando Bracher pintou 66 quadros ao ar livre, na frente dos monumentos e no meio das praças, em contato direto com os passantes brasilienses:

“Sou um pintor de rua, assim como os impressionistas que realizavam suas obras fora dos ateliês. Pretendi que em Brasília fosse dessa maneira, pintada ao vivo, junto da natureza, da arquitetura, diante das árvores e das nuvens. Há um outro componente que são as pessoas, que chegam e vão, se integrando àquele momento”, diz Bracher.

O documentário Âncoras ao céu deu início a uma série de outros vídeos de Blima Bracher sobre a obra do pai. No filme, ela buscou ângulos inusitados para traduzir a pintura de Carlos Bracher nas imagens em movimento: “Tentei gravar as sombras, a palhete, o suor”, comenta Blima: “É um filme de amor”. Uma parte das série Brasília pode ser vista no tour virtual do projeto Casa Bracher (www.ateliecasabracher.com).

A Catedral Metropolitana de Brasília na visão de Carlos Bracher. Série Brasília.
A Catedral Metropolitana de Brasília na visão de Carlos Bracher. Série Brasília. (foto: Miguel Aun/Divulgação)

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