PATRIMÔNIO

Após 14 anos, Iphan tomba 27 obras de Oscar Niemeyer; veja quais

A publicação no Diário Oficial da União confirma a importância das obras de Oscar Niemeyer e, na prática, garante a preservação dessas edificações

Mila Oliveira*
postado em 22/04/2021 21:19 / atualizado em 23/04/2021 07:19
O Palácio do Itamaraty foi uma das 27 obras tombadas de Oscar Niemeyer -  (crédito: Minervino Junior/CB/D.A Press)
O Palácio do Itamaraty foi uma das 27 obras tombadas de Oscar Niemeyer - (crédito: Minervino Junior/CB/D.A Press)

Depois de 14 anos, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) tombou definitivamente 27 obras de Oscar Niemeyer. O processo foi iniciado em 2007, pelo próprio arquiteto, em comemoração ao seu centenário. Na época, Niemeyer entregou a lista para o então ministro da Cultura, Gilberto Gil. Segundo o arquiteto, a lista contém as 27 edificações que ele considerava as mais importantes.

Andrey Schlee, professor do Departamento de Arquitetura da Universidade de Brasília (UnB) e ex-diretor do Iphan, explica que “o Conselho Consultivo do Iphan aprovou, entre o conjunto de obras do arquiteto, proteger 23 obras em Brasília. Além da Casa das Canoas, a Passarela do Samba, no Rio de Janeiro; o Museu de Arte Moderna de Niterói e os edifícios do Parque Ibirapuera, em São Paulo, que, ao lado de outros projetos tombados, como a Pampulha, representam o que de melhor o grande arquiteto criou no Brasil.

Apesar da boa notícia, o ex-diretor do Iphan ressalta que “é importante lembrar que o processo de tombamento não tem relação alguma com o atual governo — que não implantou qualquer política para o patrimônio cultural. Coube apenas ao atual secretário homologar o trabalho realizado pelas gestões anteriores do Iphan”, esclarece Andrey.

A publicação no Diário Oficial da União confirma a importância das obras de Oscar Niemeyer e, na prática, garante a preservação dessas edificações. A partir de agora, essas obras estão sob os cuidados e vigilância do Iphan. Qualquer intervenção nas construções ou no seu entorno devem ser autorizada pelo órgão.

Para Rolando Figueiredo, arquiteto e engenheiro apaixonado pelas obras de Niemeyer, a importância do tombamento vai além da proteção legal. “É um reconhecimento do valor dessas obras para a população, que tem bases afetivas com essas criações, pois são testemunhas de acontecimentos marcantes da nossa história”, conclui.

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*Estagiária sob a supervisão de José Carlos Vieira

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