MÚSICA

Em comemoração aos 12 anos de carreira, o rapper Renegado lança '1221'

O álbum comemora a trajetória de Renegado e conta com 12 singles e videoclipes inéditos. Cada faixa tem uma parceria diferente o que dá ao álbum uma configuração "totalmente diferente", segundo o rapper

» Lisa Veit*
postado em 13/05/2021 06:00 / atualizado em 13/05/2021 09:21
Renegado:
Renegado: "São novos tempos e novos movimentos" - (crédito: Bárbara Dutra/Divulgação)

O rapper mineiro Renegado comemora 12 anos de carreira com o refinado disco 1221 — lê-se doze vinte e um. O álbum estará completo nas plataformas em dezembro de 2021, data que marca os 12 anos de carreira, além de contar com 12 singles e videoclipes inéditos, cada um com uma parceria. O artista enfrentou o desafio de produzir com segurança na pandemia, para dar vida ao projeto comemorativo.

“É um disco totalmente diferente do que eu fiz até hoje. Estamos lançando ao contrário: primeiro trabalhando e revelando os singles mês a mês, para depois lançar o álbum completo, que terá versão física em vinil. São novos tempos e novos movimentos, mas eu sempre fui um artista de álbum. Conceituais e de capas fortes”, explica Renegado.

Ele revela ao Correio que todos os singles contam com uma colaboração de peso, entre novos e consagrados nomes da música brasileira. Além disso, a capa de cada um dos singles é, na verdade, um dos fragmentos que completarão a capa final do projeto. É também uma referência à desconstrução e diversidade artística.

Cantor, compositor e produtor musical mineiro, Renegado nasceu na favela Alto Vera Cruz, em Belo Horizonte, em 1982. Desde cedo, vestiu-se da cultura hip-hop e do rap, mas abraçava outras vertentes, como um caldeirão cultural da música brasileira. Parte disso é herança da MPB tocada no rádio de pilha da mãe diarista. Outra parte, do samba e pagode que embalavam os raros momentos que curtiu ao lado do pai ausente. “É uma relação de vida, a minha com a música brasileira, e perpassa diversas memórias afetivas. Sempre me vi um rapper guardião da música brasileira”, define o artista, com bom humor.

Isso foi transmitido à composição do disco de estreia. Com Do Oiapoque a Nova York (2008), Renegado ganhou um Prêmio Hutúz, na categoria Artista revelação. A turnê foi um sucesso e ele pôde rodar o mundo com os shows de ingressos esgotados. E, mesmo com experiências profissionais marcantes que o trouxeram até este momento da carreira, o artista ainda é acompanhado pela curiosidade musical de quando era um garoto da periferia, onde aprendeu a admirar o som de James Brown, além de ter sido introduzido à música preta brasileira, por meio de vinis e fitas cassetes.

“Nesses últimos anos, precisei encarar a minha obra artística, entender onde cheguei, me desconstruir, e abrir um novo ciclo. O 1221 sou eu, na minha diversidade e sem pudor”, explica. O disco com estilo mais pop traz a leveza que os tempos difíceis carecem. “É um álbum para minha vizinha poder dançar e curtir; para minha mãe ouvir em casa e ser feliz. Mas não deixo de falar o que precisa ser dito ou de lutar pelas pautas que acredito. Só que ele é desobrigado e não me coloca mais como zelador de nada”, completa. Renegado reforça que o momento agora é de conexão, união e colaboração entre as pessoas.

*Estagiária sob a supervisão de José Carlos Vieira

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