De Brasílias e buganvílias
Brasília bronzeada brada nas bromeliáceas.
Borboletas brancas, cigarras bravas.
Não há becos em Brasília.
O planalto imenso, em vibrações embriagadas,
Faz bramir a terra adusta e longa e bizarra.
No bronze da tarde, Brasília boceja...
As buganvílias brotam e broches
E brinca o vento brando pelos corredores.
Brasília bebe a sede burocrática...
O brado é o brado, e o Brasil calado
Banha-se em brumas, pobre e ludibriado.
Brasília é o opróbrio e o brechó sem brio.
E Brasília segue para o abraço:
O Bufão tão bruto não lhe faz um brinde.
Pobre e antibrejeiro, é tão barulhento...
Ele que é assim tão embrutecido.
Vive debruçado, sem fibra ou brio.
Segue assim o Brasil, rumo ao caos, ao brejo.
Todavia um dia haverá uma brecha
Para a tal bravura, sóbria e manifesta...
Haverá o dia de um Brasil em festa!
Aurea Domenech
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.