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Seu Jorge e Mel Lisboa protagonizam nova série de podcasts do Spotify

Paciente 63 é uma adaptação de Caso 63, um podcast chileno escrito por Julio Rojas

» Pedro Ibarra*
postado em 03/08/2021 06:00
Mel Lisboa e Seu Jorge durante gravação do podcast Paciente 63 -  (crédito: Alessandra Gerzoschkowitz)
Mel Lisboa e Seu Jorge durante gravação do podcast Paciente 63 - (crédito: Alessandra Gerzoschkowitz)

Um homem é encontrado nu, no meio da rua. Quando levado para uma instituição psiquiátrica, afirma que veio do futuro e precisa da ajuda de uma médica para que seja possível impedir o fim da vida como se conhece. Esse é o enredo de Paciente 63, nova série original Spotify estrelada por Seu Jorge e Mel Lisboa. A produção é uma adaptação de Caso 63, um podcast chileno escrito por Julio Rojas.

O seriado se passa em 2022, quando todos esses fatos se dão com Pedro Roiter, um homem de 39 anos que, supostamente, veio do ano de 2062 e divide essas experiências do futuro com a psiquiatra Elisa Amaral. “É muito interessante perceber que essa série, já nos primeiros episódios, nos faz refletir a respeito dessa aflição com o futuro”, pontua Seu Jorge sobre o texto da série.

“Quando o Gustavo Culach (diretor da série) me indicou, fui ouvir o original. Eu enlouqueci, maratonei e não consegui parar”, afirma Mel Lisboa sobre o texto com que trabalhou. “Eu sou fã do próprio produto que estou fazendo, fiquei até meio tensa, pensei: ‘Preciso fazer de um modo que não possa estragar o negócio, fazer direitinho’”, complementa a artista.

Seu Jorge comparou o trabalho que fizeram com as antigas radionovelas. “Eu demorei para perceber que tinha uma memória no Brasil de áudio novela e que poderia estar fazendo parte de um resgate interessante”, conta o ator e músico.

Ele, mesmo não tendo acompanhado muitas produções do gênero antigo, afirma que, após trabalhar com áudio, começou a admirar mais todos os profissionais da época. “A áudio série disponibiliza de recursos que a radionovela nem sonhava em ter, Os caras faziam ao vivo, no peito e na raça”, completa.

Mel Lisboa ainda afirma que trabalhar com áudio não é simples, ela já havia participado de outras produções no formato. Seu Jorge estreia em podcasts.

“É o desafio de fazer um trabalho incrivelmente técnico. Quando estamos fazendo teatro ou televisão, temos artifícios,a nossa máscara, nosso corpo, nossos gestos, nossas expressões e nosso olhar. No trabalho de voz, você não tem nada disso”, analisa a atriz. “Você precisa saber colocar sua voz, para ter aquele efeito que a cena precisa, a voz precisa passar a imagem do que a personagem está sentindo”, acrescenta.

Desgovernado

“Estamos vivendo um momento onde as circunstâncias nos colocam em um lugar de reflexão de imaginar como vai ser o futuro, como vai ser o amanhã e questionar as coisas do jeito que estão” reflete Seu Jorge sobre a atual situação do Brasil e como ela conversa com o enredo do podcast.

“Eu sinto que a gente está muito desgovernado e sem um ponto de inspiração para olhar para o futuro e imaginar como seria 2062”, critica o músico. “Fico com um ensinamento do meu personagem que tem essa missão de trazer uma mensagem poderosa que é mudar hoje para que não se comprometa o amanhã”, complementa.

*Estagiário sob a supervisão de José Carlos Vieira

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