RETOMADA

Com distanciamento e protocolos, shows voltam a agitar a capital

Uma programação diversificada de shows volta a movimentar a cidade

Irlam Rocha Lima
postado em 03/09/2021 06:00
 (crédito: Diego Bresani/Divulgação)
(crédito: Diego Bresani/Divulgação)

Os segmentos da cultura e do entretenimento voltam, aos poucos, a movimentar os espaços artísticos da capital, oferecendo programação musical diversificada, respeitando os protocolos de segurança e distanciamento determinados pelas autoridades sanitárias, em razão da pandemia. O destaque, neste fim de semana, fica por conta do Festival Sinfônico, que ocorre no Parque Gastronômico Vibrar, ao lado do Ginásio Nilson Nelson, com a participação de músicos e cantores brasilienses.

Do outro lado do Eixo Monumental, o Clube do Choro, em sua área externa, desenvolve projetos voltados para públicos variados. Já no circuito das casas noturnas, há uma expressiva oferta de shows, que ocorrem em locais como Feitiço das Artes (306 Norte), Mundo Vivo Galeria (413 Norte), Outro Calaf (Setor Bancário Norte), O’Rilley (409 Sul), UK Brasil (411 Sul), Terraço Shopping (Área Octogonal) e Kareca’Bar — Kaixa d’Água (CNF 2, Lote 1, Taguatinga).

Nesta sexta-feira, às 20h, o Vibrar promove a segunda edição do Festival Sinfônico, no qual a Orquestra Filarmônica de Brasília tem como convidados o saxofonista e musiterapeuta Sylvio César; a cantora e compositora Ellen Oléria, vencedora da primeira edição do The Voice Brasil, premiada em festivais, quatro discos lançados e carreira internacional; Bruna Ene, autora do megassucesso Somos um só (com versão em inglês), escolhida pela Cruz Vermelha como símbolo da campanha de combate à pandemia da covid 19. Outro participante é Renato Calini, cover de Elvis Presley, com várias apresentações no Brasil, Estados Unidos e Europa. Amanhã, a atração do Vibrar é o bloco Eduardo e Mônica, sucesso do carnaval da cidade, que toca hits de Renato Russo e de outros compositores do rock brasilienses, com novos arranjos.

Lado B é o projeto que ocupa a área externa do Clube do Choro, hoje, às 18h, com show de Dani Machado, acompanhada por Ricardo Bap (guitarra), Dário (bateria) e Christian Frenkling (teclados). Intérprete de samba rock e soul, a cantora passeia por repertório que inclui músicas de Jorge Benjor, Tim Maia, Sandra de Sá e Paula Lima. No domingo, às 13h, a cantora Alessandra Terribili e o multi-instrumentista Marcelo Lima reverenciam o mitológico Clube da Esquina com o recital Mil Tons de esquina.

Circuito noturno

Na sequência das apresentações que vem promovendo desde a inauguração, há quatro meses, o Feitiço das Artes (306 Norte) receberá hoje, às 20h, o show de MPB que reúne a cantora Marina Moraes e o violonista Amilcar Parê. Amanhã, no mesmo horário, será a vez de Léo Lira mostrar seu conhecimento de música flamenca.

A banda Cloning Stones prestará tributo ao imortal baterista Charlie Watts, hoje, às 19h30, na Mundo Vivo Galeria (413 Norte) com o show Stones: 60 Anos de irreverência e rock’n’roll, tocando clássicos como Jumpin, Tack flash, Satisfaction e Sympathy for the devil.

Tradicional espaço de samba da capital, o Outro Calaf mantém a sempre concorrida roda de sábado, a partir das 13h, agora sob o comando do grupo Sambô Chorô, que tem em sua formação Wilian Ribeiro (cavaquinho), Artur Rodrigues (violão 7 cordas), Alfeu Lacerda (sopros)e Maria Flor (vocal). Eles mostram competência em releitura de chorinho clássico, samba de raiz e pagode.

O O’Rilley (409 Sul) terá programação dupla neste fim de semana. Hoje, às 21h30, quem toca ali é a banda de pop rock Maggoo, liderada pelo guitarrista e vocalista Marcelo Brandão. Amanhã, também, às 21h30, a Hollywood Band traz de volta temas que fazem parte do imaginário de muita gente, referentes à antiga marca de cigarro.

Também no pub UK Brasil (411 Sul), o público poderá ouvir pop rock nacional e internacional, duplamente. Hoje, quem se apresenta é a Rocket C; e, amanhã, a 010 — banda que ocupa aquele palco desde há mais de uma década, tocando para público cativo. Ambos os shows têm início às 21h.

Jazz, bossa nova e choro estarão em cartaz, neste fim de semana, na Praça Central do Terraço Shopping, na Área Octogonal. Tico de Moraes relembra standards da obra dos mestres do jazz Cole Porter, Chet Baker e Irving Berlin, entre outros, hoje, às 19h30. Amanhã, no mesmo horário, o Duo Aroeira, integrado por Luis Barros (piano) e João Gabriel (sax), homenageia o maestro Antônio Carlos Jobim em Um tom para Jobim. Domingo, às 13h, o conjunto Choro de Raiz mostra o melhor de Ernesto Nazareth, Pixinguinha, Jacob do Bandolim e Waldir Azevedo.

Com 15 anos de formação, O Naftalina, banda de rock de Taguatinga, marca presença frequente no Kareca’s Bar — Kaixa d’Água (CNF 2, Lote 1, Loja 5). Hoje, às 21h, Cláudio Lima (guitarra, violão e voz), Henrique Gomes (baixo) e Paulo Henrique (bateria) voltam a tocar naquele palco o melhor do rock das décadas de 1970 a 1990.

Entrevista / Thiago Francis

Qual é sua formação musical?
Sou formado em violino pela Escola de música de Brasília e educação musical pela UnB. No exterior, estudei na Janácek? Academy of Music and Performing Arts in Brno, cultura e música, na Universidade Carlos na República Tcheca; sou especialista em educação musical pela Universidade de Yokohama e aluno de regência na classe do renomado maestro Daisuke Soga , Tokyo – Japão. Nos últimos 10 anos, venho participando de masterclasses tanto no Brasil quanto no exterior .

Desde quando está à frente da Orquestra Filarmônica de Brasília?
Desde 2013, sou regente da Orquestra Filarmônica de Brasília. De lá pra cá , venho desenvolvendo projetos educacionais e musicais com a orquestra, debatendo o novo perfil da orquestra do século 21 em conferências nacionais e internacionais, defendendo a ideia de que o maestro e os músicos são importantes no processo de transformação social e cultural de uma cidade na qual ela está inserida.

Que planos faz para o futuro?
Pretendo consolidar a orquestra como um grupo que está há 36 anos na história da cidade, mostrar que na capital do Brasil há espaço para que alunos da Escola de Música, da Universidade de Brasília e projetos sociais possam se espelhar e trabalhar um dia. Encorajar músicos a serem protagonistas e embaixadores da sua própria arte, levando o respeito e dignidade à nossa classe.

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