Joaquim Paiva apresenta 16 fotos da exposição Cor e vida, em cartaz no Museu Vivo da Memória Candanga. Foram selecionadas imagens que retratam cores de roupas e ambientes que mostram o cotidiano dos pioneiros e descendentes na cidade do Núcleo Bandeirante. Joaquim leva o público, por meio de fotografias, à história dos trabalhadores que se alocaram inicialmente na cidade-satélite, nomeada na época de Cidade Livre.
“A cidade que eu fotografei nos anos de 1970 a 1972 recebe um novo olhar em 2018, quando levo os alunos de um workshop que eu ministrei até o Núcleo Bandeirante. É uma pena que a cidade não seja a mesma, com as casinhas coloridas, com o olhar histórico da época”, descreve Joaquim Paiva.
Joaquim é um fotógrafo, colecionador e fomentador da fotografia brasileira. Nascido em Vitória (ES), Paiva estudou direito na Universidade do Estado da Guanabara e depois na Universidade de Brasília (UnB), onde concluiu o curso em 1970.
Tem fotografias, como autor, na coleção da MEP, na Bibliothèque Nationale de France, no Museum of Fine Arts Houston, EUA, e no MAM-Rio, entre outros. Faz os seus diários autobiográficos e visuais desde 1998, sendo autor de alguns livros como: Aos pés de Batman: poemas (1994); Alfredo Camargo ( 2000); Foto Instantânea: recuerdo de Brasília (2013).
Todo o acervo da exposição Cor e vida, foi doado pelo fotojornalista para o Museu Vivo da Memória Candanga. No total, são 140 fotos emolduradas do Núcleo Bandeirante."A maioria das pessoas, sobretudo, quem mora em Brasília durante muito tempo, vai entender essa parte da história que não existe mais. Eu doei a exposição completa para o Museu, o papel do Museu na sociedade é de grande importância", explica o fotojornalista.
Felipe Ramón Moro Rodríguez, curador da mostra, diz que a escolha foi feita por se tratar do retrato de pessoas e vidas comuns, e não de autoridades: “Quem é de fora, quando pensa em Brasília, pensa nos políticos. Essa exposição retrata gente simples, do povo”, aponta Felipe. E foi por essa razão, que o curador não incluiu registros arquitetônicos das grandes construções de Brasília, buscando mostrar as casas levantadas pelas mãos dos trabalhadores e moradores pioneiros da capital brasileira.
Fotojornalismo
Os anos 1970 e 1980 foram um grande marco para o fotojornalismo na capital brasileira, já que a nova cidade era ainda novidade no país com suas formas arquitetônicas serializadas, levando Joaquim a guardar as fotos dessas décadas. Seu acervo chegou a totalizar 3.200 fotos, hoje 2.700 delas estão guardadas no Museu de Arte Moderna (MAM) do Rio de Janeiro, sendo 150 desse total doadas ao museu em 2010, depois de uma exposição feita no cinquentenário da cidade.
Estagiária sob a supervisão de Severino Francisco
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