Artes cênicas

Festival Mulher em Cena retorna em formato on-line para 4ª edição

Voltado para artes cênicas produzidas, idealizadas e protagonizadas por mulheres, o festival nacional Mulher em Cena será realizado ao longo do mês de outubro

*Isabela Berrogain
postado em 21/10/2021 11:40 / atualizado em 21/10/2021 12:20
 (crédito: Maria Dinat)
(crédito: Maria Dinat)

Com o objetivo de denunciar e combater a violência contra a mulher, a 4ª edição do Mulher em Cena, festival nacional voltado para artes cênicas produzidas, idealizadas e protagonizadas por mulheres, é realizada ao longo do mês de outubro. Apresentado pela pela multiartista, escritora, poeta, atriz e professora de teatro Cristiane Sobral, o evento, on-line e gratuito, será transmitido via canal do Instituto Arcana no YouTube. A programação também poderá ser acompanhada nas redes do Instituto no Facebook e no Instagram.

“Por mais que a gente tenha um avanço, direitos conquistados pelas mulheres ao longo dos tempos, nós mulheres ainda estamos muito aquém de estarmos numa igualdade, de termos uma valorização, um destaque dentro de qualquer área e isso não é diferente no campo das artes'', pontua Amara Hurtado, diretora artística do festival, em entrevista ao Correio.

“A gente encontra ainda, em grande escala, a visibilidade, o espaço da dramaturgia, da encenação, da direção muito focada nos homens. Temos poucas mulheres dentro de um universo muito grande das artes cênicas no Brasil, ainda são poucas as mulheres que se destacam como dramaturgas, como encenadoras, diretoras. Então, o festival Mulher em Cena vem para mostrar que as mulheres têm total capacidade, total criatividade para a criação, para a produção, para a parte técnica”, afirma.

Nesta edição do Mulher em Cena, serão apresentados espetáculos para todos os públicos em diferentes linguagens, do teatro de bonecos ao de lambe-lambe, passando pelo de sombra e o musicado. Entre as montagens, solos e peças com elenco reduzido que conduzirão a plateia através de temas como gênero, racismo, religiosidade e direitos humanos.

Ao todo, a curadoria do festival apresentará 16 produções teatrais, sendo cinco espetáculos cênicos de curta duração. Também serão realizadas rodas de conversas, mediadas por Najara Leite, indígena, feminista, socióloga em formação, coordenadora da Organização de Cultura e Comunicação Alternativa, além de oficinas que irão abrir espaços para vivências que estimulam a criatividade, o autoconhecimento e a consciência corporal, atravessadas pelo contato com o feminino.

Programação dos espetáculos

Contos do interior - Sexta-feira (22), às 20h

Mulheres que nascem com os filhos - Sexta-feira (22), às 20h30

Madame Frôda in(quase) concert - Sábado (23), às 20h

Divinas cabeças - Sábado (23), às 20h30

Enluarada: Uma epopeia sertaneja - Domingo (24), às 19h

Kanarô - Domingo (24), às 20h

Depois do silêncio - Sexta (29), às 20h

A paixão segundo Adélia Prado - Sexta (29), às 21h

A saia de Pandora - Mensagens, revelações & falcatruas - Sábado (30), às 20h

Medeia negra - Sábado (30), às 20h30

Lourença - Domingo (31), às 19h

Ciclos da vida - Domingo (31), às 19h

Amor - Título provisório e inalterável - Domingo (31), às 19h

Amor de cão! - Domingo (31), às 19h

Revoar - Domingo (31), às 19h

Surpresa - Domingo (31), às 19h30

Programação das rodas de conversa, ministradas por Najara Leite

Caminhos poéticos e ancestralidade - Quinta-feira (21), às 19h

Vida contemplativa e engajamento social - Segunda-feira (25), às 19h

Desconstruindo preconceitos na sociedade contemporânea - Terça-feira (26), às 19h

Provocações - Cultura em tempos de pandemia - Quarta-feira (27), às 19h

Caleidoscópicas - Inspirações para a cena - Quinta-feira (28), às 19h

 

*Estagiária sob supervisão de Pedro Ibarra

 

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