Revolucionário massacrado

Correio Braziliense
postado em 04/11/2021 00:01

Fazendo coro contra a "corja de fascistas", como diz o personagem-título de Marighella, retratado no filme de estreia de Wagner Moura como diretor, a produção estrelada por Seu Jorge chega nas telas exatamente 52 anos depois da morte do político e cofundador da Ação Libertadora Nacional Carlos Marighella.

Definido como terrorista por alguns e alçado a símbolo de resistência por outros tantos, Marighella promete reacender ânimos de brasileiros. Preconceitos raciais, o desmascarar de mentiras (como a da morte de Marighella, diante do fato de estar "fortemente armado"), descrição de estratégias de ação revolucionária e a reiteração de um Jesus negro afloram como elementos candentes no filme, que ainda examina aparatos de comunicação que potencializaram a voz do líder, fosse no rádio ou no enlace com a imprensa (no filme, Herson Capri dá vida ao colaborador Jorge Salles, magnata de A Tribuna do Sudeste).

Tiroteios, estudantes que aderem a causas combativas, patriotismo e a disposição revolucionária que invade o campo e personalidades religiosas brotam de Marighella. Com 30 exibições no exterior, o feito de uma exibição especial no Festival de Berlim (em 2019) e a acusação de censura na liberação para o lançamento nacional, Marighella estreia em circuito amplo no país. No filme, há destaque para atores como Adriana Esteves, Luiz Carlos Vasconcelos, Henrique Vieira, Brian Townes e Ana Paula Bouzas. (RD)

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