Cinema

A partir de hoje, terror e fantástico na tela do CCBB em festival

III Festival Internacional de Cinema Fantástico de Brasília acontece em formato on-line e presencial com mostras, debates e vasta programação

Ricardo Daehn
postado em 25/01/2022 06:00 / atualizado em 25/01/2022 10:49
Carro Rei, longa assinado por Renata Pinheiro, faturou muitos prêmios no Festival de Gramado de 2021 -  (crédito: Aroma Filmes/Divulgação)
Carro Rei, longa assinado por Renata Pinheiro, faturou muitos prêmios no Festival de Gramado de 2021 - (crédito: Aroma Filmes/Divulgação)

Os nove dias da programação híbrida do III Festival Internacional de Cinema Fantástico de Brasília terão início hoje, às 10h, com oficinas na área externa (coberta) do CCBB. Inicialmente voltadas às crianças, as oficinas (estendidas para amanhã) têm inscrições no site www.tabatafilmes.com.br; mas o leque aberto, com o evento, que terá mostra competitiva (na plataforma Innsaei.Tv), acolhe público amplo.

Fantasia, horror e ficção científica revestem a programação, que contempla produções de mais de 30 países, tendo por ponto referencial filmes feitos por Méliès e jornadas literárias de Júlio Verne, entre outros narradores de ilusões. Na segunda-feira, às 19h, DJs, exibições de curtas e acesso a food trucks incrementam as atrações.

O lançamento de N(ovo), do pesquisador de cinema Thiago de Barros, também recheia a festa, a partir de observações de universos literários de escritores como Hilda Hilst, Caio Fernando

Abreu e Raul Seixas. Eventos paralelos, entre os dias 26 e 29 de janeiro, trarão debates com profissionais como Thiago Moysés, Maíra Carvalho (uma das debatedoras de A Direção de Arte no Cinema Fantástico) e Ullysses de Freitas.

Elementos sobrenaturais, distopia, objetos inanimados que ganham vida, maldições, relatos de teletransporte além de outras improbabilidades e enredos assombrosos invadirão a plataforma Innsaei.tv, a partir da exibição da Mostra Brasil Fantástico, com longas em competição, entre os quais O cemitério das almas perdidas, de Rodrigo Aragão, em que um jesuíta e seguidores, no Brasil colonial, são perseguidos por eventos extraordinários.

Rodson ou (onde o sol não tem dó) é outra filme na disputa, mostrando as limitações e o estreitamento intelectual, a partir da interdição ao fluxo de produção cultural em um país futurista e absolutista. Maldições infestam Todos os mortos (de Caetano Gotardo e Marco Dutra), que registra pesares da escravidão. Vencedor de prêmios no Festival de Gramado, Carro Rei, da pernambucana Renata Pinheiro, é também crivado de ilusões, num enredo em que um rapaz consegue se comunicar com um carros.

No presencial, dia 24 de janeiro, será a vez da mostra Secos e Molhados, a partir das 19h, com exibições de filmes como Heart of gold (de Simon Filliot), que revela o amor incondicional

por um filho capaz de levar uma mãe a vender seus órgãos internos. Entre outros cinco filmes mostrados, estará Calliope, fita húngara que revela atrações de um misterioso clube subterrâneo.

Dias 29 e 30 de janeiro, às 15h e 16h30 (no CCBB), a mostra Amarelinha trará filmes infantis, também diversificados. Outros destaques estão em Aurora — A rua que queria ser um rio, do brasileiro Radhi Meron, sobre uma rua inquieta com seu destino de desaparecimento, título incorporado à mostra Pesadelo nos Trópicos (competitiva de curtas-metragens) e The widow, de Lucas Bols, filme belga sobre na condição de uma viúva abandonada à moradia em um pântano.

 

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