CONSULTA COM O ESPECIALISTA

Esparadrapo no umbigo: proteção ou superstição? Especialista explica

O hábito tem origem antiga e é praticado por mulheres para fechar o corpo de energias externas, assim, trazendo proteção

Cecília Sóter
postado em 27/01/2022 17:04 / atualizado em 27/01/2022 17:04
E você, também fecha o umbigo?  -  (crédito: Reprodução)
E você, também fecha o umbigo? - (crédito: Reprodução)

Jade Picon virou assunto nas redes sociais após aparecer usando um esparadrapo tampando o umbigo. Questionada por outros brothers, ela explicou que a medida é uma proteção contra energia negativa. O Correio conversou com Gi Crizel, taróloga, guardiã de Sagrado Feminino e escritora do Personare, para explicar o hábito e saber a origem e função da prática.

Ela explica que essa prática é muito antiga. “Diante das minhas pesquisas pude chegar até às civilizações primitivas, que apesar de serem chamadas de primitivas, tinha um elevado nível de conhecimento”.

Gi conta que o hábito vem desde o período Paleolítico e Neolítico, onde em algumas civilizações, as mulheres se reuniam para trocar saberes, compartilhar suas experiências e ensinar e aprender formas de auto cuidado e proteção. Uma delas era o cinturão lunar, que é uma faixa de tricô ou algodão que tampava o umbigo das mulheres para fechar o corpo de energias externas, assim, trazendo proteção. “Era usado principalmente no ciclo menstrual que é quando estamos mais suscetíveis às energias externas”, explicou a taróloga.

“Esses saberes foram sendo passados de geração a geração, então homens e mulheres puderam ter acesso a essas ferramentas”, pontuou. Crizel salienta que essa prática vai além de qualquer crença religiosa. “É uma técnica de proteção e autocuidado, apesar de compartilharmos esse e outros saberes dentro dos círculos de Sagrado Feminino, que é um movimento filosófico e espiritual de despertar e reconexão das mulheres, a prática não é diretamente associada a nenhuma linha de fé específica”, destacou.

O uso do esparadrapo é uma versão moderna e prática desse hábito. A taróloga defende que além do nosso corpo físico, possuímos o corpo emocional, mental e espiritual, e que por todo nosso corpo estão distribuídos inúmeros chakras (canais de energia), sendo 7 os principais.

“O chakra do umbigo é o que nos conecta com o mundo exterior, também um portal de trocas de energia, e por lá, principalmente, é onde trocamos energia com as pessoas ou ambientes”, pontua.

A taróloga explica que fechando esse canal, estamos impedindo que energias externas entrem em nossos corpos, evitando absorver energias de baixa vibração, como tristeza, raiva, ansiedade, inveja. Mas alerta: “o que determina qualquer prática de ser apenas uma superstição ou realmente funcionar, é o conhecimento que você busca ter, e a intenção em relação à prática”.

Mente

Gi Crizel explica que o primeiro passo é a mente. Isso porque é comprovado cientificamente o poder da mente para nosso bem-estar, saúde, felicidade e realizações, e é através de um comando mental que se inicia a técnica de proteção. “Por exemplo: selo meu umbigo para minha proteção, impedindo que qualquer energia negativa me atinja”.

Coração

Em seguida, ela esclarece que não adianta só pensarmos nas afirmações se não sentirmos como a verdade e as intenções ali direcionadas. “Acredite e acima de tudo, sinta seu corpo sendo envolto por uma camada de proteção enquanto você cola o esparadrapo”.

Esparadrapo

Por fim, o esparadrapo. “Sozinho, com um pequeno cristal no umbigo ou um símbolo de proteção desenhado no esparadrapo, cole trazendo suas intenções de proteção”.

Ela recomenda a prática de tapar o umbigo em momentos que vá se encontrar com muitas pessoas, sair para lugares movimentados, ambientes que não se sinta bem, ou até mesmo ter uma conversa desafiadora com alguém. “Não é aconselhável passar muitos dias usando o esparadrapo”.

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação