A cantora carioca Anitta conseguiu um feito inédito para a música brasileira, alcançando o primeiro lugar na parada global do Spotify com a música Envolver. O single, lançado em novembro de 2021, ganhou tração neste mês com desafios na rede TikTok em que usuários reproduzem o rebolado com flexão presente na coreografia do videoclipe.
Com mais de 73 milhões de visualizações do clipe no YouTube, é inegável que Larissa de Macedo Machado, de Honório Gurgel, bairro da Zona Norte do Rio de Janeiro, envolveu o mundo com seu reggaeton à brasileira.
Quem olha de fora pode achar repentino, mas a empresária vem em sua trajetória, com o olhar além do alcance. Desde o álbum Bang, de 2015, Anitta reformulou o funk que a lançou em Show das poderosas, aderindo a uma estética e sonoridade mais pop.
O projeto seguinte, Checkmate, internacionalizou a cantora. Composto de lançamento de singles, essa fase trouxe parcerias com artistas americanos e hispânicos, experimentações em outros estilos musicais e videoclipes mais centrados em vender para fora aquilo que o Brasil anitter queria vender.
Sua cara, com Pabllo Vittar e o Dj Diplo; Vai malandra, com MC Zaac, o rapper estadunidense Maejor e com os consagrados produtores brasileiros Tropkillaz e DJ Yuri Martins; e Downtown, com o latino J Balvin, são alguns dos exemplos da estratégia por trás de Anitta.
A cantora não mediu esforços com o álbum Kisses, que trouxe colaborações com Ludmilla, Snoop Dogg, Caetano Veloso, entre outros. O lançamento serviu como trampolim para o momento que a cantora vive agora.
Girl from Rio é um álbum que ainda nem foi lançado, mas já nasceu com a missão de estourar mundialmente Anitta — e vem conseguindo. A faixa-título foi apresentada no Grammy latino e chegou a entrar no Top 40 da Billboard, a lista americana das músicas mais tocadas, no 31º lugar.
Meses após seu lançamento, Envolver desfruta hoje o sucesso das redes não somente por conta do "el paso de Anitta", mas porque a Larissa, que agencia a própria carreira, planejou e executou com primor seu plano de dominação mundial. Seria reducionista justificar mais de 71 milhões de streams no Spotify em um simples viral. Avisem o mundo que agora a hora é dela.
*Estagiária sob a supervisão
de Severino Francisco.
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