Semana de 22

CCBB promove debates sobre o centenário da Semana de Arte Moderna de 1922

O seminário Contingências Antropofágicas / 100 anos depois de 22 propõe debates com reflexões sobre os contextos sócio-históricos que deflagraram a concretização do movimento ocorrido há 100 anos

Naum Giló*
postado em 05/05/2022 17:21 / atualizado em 05/05/2022 17:22
Katia Canton, Maria Eugênia Boaventura e Regina Teixeira de Barros participam do ciclo de debates -  (crédito:  Gerson Rubim)
Katia Canton, Maria Eugênia Boaventura e Regina Teixeira de Barros participam do ciclo de debates - (crédito: Gerson Rubim)

A partir desta quinta-feira (5/5), o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) de Brasília vai promover o ciclo Contingências Antropofágicas / 100 anos depois de 22, com debates que propõem reflexões sobre os contextos sócio-históricos que deflagraram a concretização do movimento ocorrido entre os dias 13 e 17 de fevereiro de 1922, no Theatro Municipal de São Paulo. Os encontros vão até sábado (7/5), sempre às 19h30.

A idealização do projeto é do escritor e mestre em Artes Visuais Valdo Resende e a curadoria e a mediação são da jornalista Katia Canton. Os encontros também vão abordar as influências da primeira etapa do modernismo na arte desenvolvida nos tempos atuais e investigar a busca por uma identidade brasileira por meio da arte. Estarão no foco da discussão as contingências nos aspectos históricos, estéticos e humanos do evento centenário.

Para Sonia Kavantan, produtora do projeto, a importância de se discutir a Semana de Arte Moderna de 1922 extrapola o aspecto histórico, sendo necessário o debate sobre os ecos do evento. “É importante discutir os impactos do movimento nas artes brasileiras, quais são os reflexos hoje daquelas primeiras ideias e até mesmo fazer revisões críticas, que vêm surgindo com frequência, sobre o quanto o movimento foi exclusivo a São Paulo, ou não, e o quanto ele refletia uma elite política e econômica ou se era algo muito além disso”, explica Kavantan, que também lembra os questionamentos sobre as participações das mulheres e dos negros da Semana de 22.

Cada um dos encontros, que terá duas horas de duração, terá dois palestrantes e uma mediadora, com espaço de tempo para perguntas da plateia. As aberturas serão feitas pela mediadora, que apresentará colocações sobre o tema proposto e passará a palavra para os palestrantes. Depois das apresentações, a mediadora retorna para iniciar os questionamentos e abrir espaço para o público fazer perguntas.

Presencial e com entrada gratuita, o seminário chega a Brasília depois de passar por São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Durante todos os debates haverá tradução simultânea em libras. Após o evento, os participantes que estiveram presentes em pelo menos duas das palestras receberão um certificado digital das atividades.

Confira a programação do projeto Contingências Antropofágicas:

Quinta-feira (5/5), 19h30 - Contingências sócio-históricas: O significado da semana

Palestrantes : Maria Eugenia Boaventura – O Salão e a Selva; Regina Teixeira de Barros - Mulheres modernistas.

Sexta-feira (6/5), 19h30 - Contingências estéticas: A composição da sinfonia modernista de 22
Palestrantes: Guilherme Wisnik - Só me interessa o que não é meu; Agnaldo Farias - O lastro modernista nas artes hoje.

Sábado (7/5), 19h30 – Contingências humanas. O significado de ser moderno hoje
Palestrantes: Fred Coelho: Invenções e Reinvenções do Modernismo; Luisa Duarte: Adriana Varejão - Só me interessa o que não é meu, uma atualização crítica.

*Estagiário sob a supervisão de Nahima Maciel

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