POLÊMICA NO AUDIOVISUAL

Diretor de Titanic prova, em documentário, que Jack "não cabia" em porta

James Cameron levou a sério críticas sobre personagem ter morrido "desnecessariamente" e conduziu um estudo científico que mostra que, em qualquer hipótese, Jack morreria

Talita de Souza
postado em 30/12/2022 17:39 / atualizado em 30/12/2022 17:39
 (crédito: 20th Century Fox/Allstar)
(crédito: 20th Century Fox/Allstar)

Vinte e cinco anos depois do lançamento de Titanic, o cineasta James Cameron revelou, na última semana, que as críticas sobre a morte de Jack superaram, para ele, os elogios e recordes de bilheteria batidos pelo filme que conta a história de amor de Jack e Rose. Para apartar “de uma vez por todas” o assunto, Cameron revelou que produziu um documentário em que prova, cientificamente, que o galã não cabia na porta e que, se tentasse, os dois morreriam.

O documentário será veiculado pela National Geografic em fevereiro, quando Titanic também será relançado. Em entrevista ao canal Postmedia, Cameron diz que encomendou “um estudo científico para acabar com essa coisa toda e enfiar uma estaca em seu coração de uma vez por todas”. Para ele, o intuito principal é que “talvez, em 25 anos, eu não tenha mais que lidar mais com isso”.

Na produção de James, após os pombinhos escaparem do naufrágio catastrófico juntos, Jack coloca a amada em uma porta de madeira e permanece submerso na água gelada pela porta não suportar o peso dos dois. Momentos depois, o sacrificial mocinho morre de hipotermia e afunda no mar.

Cameron diz que desde o lançamento do filme ele trabalha para sanar as dúvidas. Quando descobriu as formas de comprovar, começou a rodar um documentário. Sem medo de dar spoiler, o cineasta é categórico: “apenas um poderia sobreviver”.

“Fizemos uma análise forense completa com um especialista em hipotermia que reproduziu a jangada do filme … Pegamos dois dublês que tinham a mesma massa corporal de Kate e Leo e colocamos sensores por toda parte e dentro deles”, explica Cameron.

“Nós os colocamos em água gelada e testamos para ver se eles poderiam ter sobrevivido através de uma variedade de métodos e a resposta foi, não havia como os dois terem sobrevivido. Apenas um poderia sobreviver”, pontua.

Apesar dos detalhes técnicos, Cameron afirma que a morte de Jack cumpre uma demanda da história, que relata sobre um amor sacrificial. “É como Romeu e Julieta. É um filme sobre amor, sacrifício e mortalidade. O amor se mede pelo sacrifício”, diz o cineasta.

Cobertura do Correio Braziliense

Quer ficar por dentro sobre as principais notícias do Brasil e do mundo? Siga o Correio Braziliense nas redes sociais. Estamos no Twitter, no Facebook, no Instagram, no TikTok e no YouTube. Acompanhe!

Newsletter

Assine a newsletter do Correio Braziliense. E fique bem informado sobre as principais notícias do dia, no começo da manhã. Clique aqui.

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação