Cinema

Leia a crítica da animação 'As múmias e o anel perdido'

Longa espanhol leva às telas o amor indesejado entre um ex-campeão de corrida bigas e a filha da realeza do Antigo Egito

Ricardo Daehn
postado em 28/02/2023 06:20 / atualizado em 28/02/2023 06:21
As múmias e o anel perdido: suspense, aventura e música se encontram -  (crédito:  Warner/Divulgação)
As múmias e o anel perdido: suspense, aventura e música se encontram - (crédito: Warner/Divulgação)

Em escala de sucesso internacional, com a exploração de temas arqueológicos e seus tesouros seculares, o cinema de animação espanhol tem garantido atrações como as da série As aventuras de Tadeu e suas sequências. Vencedores de prêmios Goya (o mais importante no âmbito espanhol), os mesmos roteiristas da saga Tadeu, Jordi Gasull e Javier Barreira, são fundamentais no filme de Juán Jesús García Galocha, estreante realizador de cinema que carrega bagagem na direção de arte.

As múmias e o anel perdido trata, em princípio, de um amor indesejado entre um ex-campeão de corrida bigas, Thut, e Nefer, filha da realeza do Antigo Egito e impedida de exercer seu dom do canto. Seguindo uma tradição faraônica, Nefer tem o futuro marido escolhido por uma fênix, bastante desorientada, vale ressaltar. Um revés no casório, e Thut pode ter língua e os olhos arrancados.

Enquanto Thut parece gentil, a princesa Nefer expressa ar petulante. Uma forte mudança nos comportamentos virá pelos efeitos da expedição do Museu Carnaby, que, no mundo do além, explora tumbas, e desbrava tesouros arqueológicas. Nos moldes de vilão, Carnaby colocará em risco o pai da princesa. Com a falsa ideia de alcançar a evoluída Roma, numa viagem no tempo em que desembocam, na verdade, em Londres, Nefer e Thut levam a tiracolo o garoto Sekhem (irmão do herói que passa por crise de confiança) e o pequeno crocodilo de estimação dele, Croc.

Mesclando elementos contemporâneos, o filme da Core Animation Studio coloca o casal em potencial numa trama que usa, com bom efeito, a música oitentista do The Bangles (Walk like an egyptian) e surpreende em cenas nas quais usa, a cômico pretexto sexy, a tradição das tatuagens egípcias. Além das piadas gráficas com as múmias, que ficam com os ossos aparentes, frente ao sol e flashes de fotógrafos, há episódios engraçados com o modernoso produtor musical Ed; e, de quebra, as crianças podem despertar o interesse por quesitos culturais que incluem o deus Hórus, papiros, o musical Aída e a figura do faraó Radamés.

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