Os filhos de grandes artistas do axé resolveram passar a frente o legado dos pais. O grupo Filhos da Bahia, formado pelos filhos de Reinaldinho, Carlinhos Brown, Saulo Fernandes e Tonho Matéria levam o legado da família, mas acrescentam uma identidade própria nas músicas. A dupla Rafa e Pipo, filhos de Bell Marques, carregam a energia da música do pai e exploram outros estilos brasileiros nas músicas.
Herdeiros do axé
Uma banda formada por quatro amigos, com diferentes personalidades e relações, são unidos por um elo: o estilo musical dos pais. A partir da admiração pela musicalidade da família, os jovens Zaia, Miguel (Migga), João e Raysson se juntaram e deram início ao Filhos da Bahia. O nome não veio por acaso — os artistas são filhos dos músicos Reinaldinho, Carlinhos Brown, Saulo Fernandes e Tonho Matéria, respectivamente.
Brunno Zaia, 27 anos, é o mais velho do quarteto, responsável pela voz principal do grupo e também quem deu o pontapé inicial do grupo. Migga, de 25 anos, é o baterista, enquanto João, também de 25 anos, e o caçula Raysson são os percussionistas.
O grupo foi criado oficialmente no segundo semestre de 2021, em meio à pandemia, com o lançamento do primeiro trabalho Eu também quero beijar, versão da música de Pepeu Gomes. Daí em diante, o quarteto lançou músicas autorais, como Frio e Sem moderação. O primeiro álbum da banda, intitulado Bença!, é uma representação dos quatro amigos pedindo a benção dos pais para alçar voos maiores. “O Bença!, acho que o próprio nome já diz, era algo muito de início de carreira nosso mesmo, um amadurecimento da ideia de se inserir no cenário musical, um álbum em que a gente está se apresentando para o mundo ainda", explica Zaia em entrevista ao Correio. "O nome veio de ser exatamente como se estivéssemos pedindo a benção dos nossos pais para nos lançar na carreira musical", diz.
O grupo tem como principal inspiração o axé da Bahia dos pais, assim, carregam nas músicas toda a energia desse ritmo. No entanto, os jovens artistas apostam em um estilo próprio, que mistura o axé com um pouco do pop, o chamado axé beat. Zaia conta que a ideia é trazer o axé para a nova geração. “Hoje a gente busca o consenso, trazer o axé para o século 21, para nossa geração. Muito da influência do afrobeat é o axé, uma das músicas afro-brasileiras mais fortes, mas a gente acaba tendo essa influência da musicalidade de hoje em dia. Por isso a gente aposta no axé beat também, que mistura um pouco do axé com o pop, mas sem deixar de manter as raízes”. pontua.
Zaia ainda fala sobre a reinvenção do axé nos dias de hoje e como ele e o grupo se sentem confiantes em manter vivo o ritmo: “Estamos confiantes, muito mesmo, de que a gente vai conseguir, pelo menos por um bom tempo, manter isso vivo. O futuro é incerto, mas enquanto o Filhos da Bahia existir, vamos continuar a levar o axé para a nossa geração e, quem sabe, para as gerações futuras.”
O quarteto, uma das atrações do Festival Micarê 2023 de Brasília, se apresenta neste domingo (30/4) na Arena BRB do Estádio Mané Garrincha. O grupo promete um show animado e cheio de energia. No repertório, o público pode esperar pelas faixas do álbum Bença!, além das músicas de carnaval do grupo.
De pai para filhos
Em atividade há quase 13 anos, os irmãos Rafa e Pipo Marques, filhos do ex-Chiclete com Banana Bell Marques, mostram a forte presença da musicalidade do pai nas próprias músicas, além de releituras de clássicos do axé misturados a outros ritmos brasileiros, como o samba e o funk.
Para a dupla, o início da carreira não foi tão fácil assim, devido à carreira já consolidada do pai. Em entrevista ao Correio, Rafa conta que, apesar do inicio ter sido desafiador, também foi bem prazeroso. "De início, foi realmente um desafio nos lançar no cenário musical, tinha aquela responsabilidade de passar o legado do nosso pai, mas, ao mesmo tempo, foi prazeroso manter o axé vivo e até inspirar outros músicos e gerações futuras", relata.
Apesar do orgulho de carregarem nas veias a energia e a musicalidade do axé do pai, a dupla não se limita a apenas um único ritmo musical. Pipo revela que ele e o irmão exploram diferentes estilos nacionais nas músicas e, assim, criam um estilo próprio. "Nossa linha de trabalho acompanha nossa geração. A gente não tem preconceitos em cima do palco, porque nossa geração é muito mais aberta a ouvir um pouco de tudo, a pesquisar, ver o que está nas trends. Então, é bem natural a gente ter no repertório axé, samba, funk, pagodão", exemplifica.
A dupla também é uma das atrações do Festival Micarê 2023 de Brasília e se apresenta neste sábado (29/4). Os irmãos prometem muita energia e garantem que o show irá trazer toda a euforia do último carnaval.
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