São João

Nova geração do forró brasilense afina a sanfona

Jovens trios da cidade prometem esquentar as noites frias de junho com sons que mesclam o hits atuais e tradicionais

Correio Braziliense
postado em 21/05/2023 22:23
 (crédito: Divulgação)
(crédito: Divulgação)

Faltam poucos dias para a chegada de junho e, como ele, as inúmeras festas juninas que se espalham por todo Distrito Federal. Esse é o segundo ano dos tradicionais eventos após a pandemia da covid-19 e a exemplo de 2022, as pessoas devem lotar suas agendas. Em preparação para o que está por vir, jovens músicos mostram a reinvenção do ritmo na capital federal e renovam o repertório, mas sem esquecerem-se das canções de Gonzagão, Jackson do Pandeiro, Dominguinhos, Elba Ramalho e companhia.

A Forró com Site, por exemplo, nasceu durante a última década, por iniciativa do tecladista e vocalista Fabiano Dourado. O músico convocou José Neris (triangulo) e Antero Paiva (zabumba) para se apresentarem em diversas festas em todo o Brasil. A banda tem três CDs gravados, sendo dois deles ao vivo. “Nossa ideia é sempre trazer o melhor do Nordeste para o Cerrado. Seja música nova, antiga, autoral. Enfim, o importante é tocar com qualidade o que o povo gosta de ouvir”, resume Dourado, que se apresenta no Forró de Lourdes, na Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, em Taguatinga Norte nos dias 17 e 18 do próximo mês.

Já o forrozeiro Nilson Freire comemora neste ano mais de 20 anos de carreira. Porém, por precisar dividir a profissão de músico com tantas outras, precisou deixar a música em segundo plano, mas nunca esqueceu-se de suas origens e sonhos. Para celebrar, lançou o álbum De ontem pra hoje, com canções inéditas como Receita Perfeita, Futuro Perdido e O que sou eu sem ela?, entre outras. O cantor abre as comemorações em 2 de junho, no Sesc da Ceilândia, depois segue para compromissos em Minas Gerais; retornando para o São João do Guará no dia 25.

O cantor contabiliza 12 CDS, dois DVDs e mais de 450 músicas escritas, algumas delas regravadas por artistas como Márcia Ferreira, a banda Caviar com Rapadura e Frank Aguiar. Esse último interpretou a canção Prenda, em 2003, que foi escolhida como tema da novela Amor e Ódio, do SBT. “As pessoas gostam de ouvir piseiro e gostam de pé de serra. A gosto e espaço para tudo. Vamos de João Gomes a Rei do Baião. O forró sempre vai ser um dos ritmos mais democráticos do Brasil”, resume.

Outro que promete agitar o São João é o Bacurau Arretado. Formado por Dhiogo (zabumba), Thiago Querosene (triângulo) e Cecê do Acordeon (sanfona), o Bacural promete shows repletos de ritmo, diversão e emoção.

O trio tem apresentações marcadas para o Arraiá Legis, no Clube Ascade, em 16 de junho; no Brasi de Tradições, no CDJ Educacional (Vicente Pires), em 17 de junho; e no 6º São João do Guará, em 25 de junho; os músicos ainda vão divulgar mais a agenda a partir dos próximos dias.

“No ano passado, nosso foco foi em valorizar os músicos do DF. Deu muito certo, pois tivemos um público de 40 mil pessoas em nosso evento. Neste ano, vamos manter a receita”, aposta Joel Alves, um dos organizadores do São João do Guará, que chega à sexta edição de 22 a 25 de junho, no quadradão da entrequadra 19/34, ao lado do edifício Consei no Guará 2.

Tradição
Os grupos tradicionais também seguem a todo vapor, como é o caso do Trio Siridó. No ano passado, o Portal Metrópoles publicou com exclusividade (https://www.metropoles.com/entretenimento/trio-sirido-banda-de-forro-mais-antiga-do-df-celebra-50-anos-com-show ) o meio séculos de existência do conjunto musical.

Ainda com shows a confirmar para o São João, o trio mais antigo do Distrito Federal aposta em músicas clássicas de Luiz, mas também em composições autorais — a exemplo da aclamada Carregadinho de Amor. “Ela é o nosso hino”, Torres do Rojão, fundador e único integrante da formação original do trio.

Cadê o Lampião?
No ano passado, noticiado em primeira mão pelo Portal Metrópoles, dias antes do início da quinta do São João do Guará, uma escultura de quase 4 metros de Lampião foi furtada. Porém, o que parecia impossível, aconteceu. Não, o ‘Rei do Cangaço original’ não apareceu; mas um novinho chegou em tempo.

Até hoje, houve poucas informações acerca do sumiço do boneco e nenhuma delas concreta de fato. “Registramos a ocorrência na delegacia, mas nada foi desvendado. Suspeitamos que fizeram isso por maldade, mas a maldade jamais prevalecerá”, enfatiza Joel Alves.

Para este ano, ele promete uma verdadeira imersão na cultura nordestina. De acordo com a equipe responsável, o local vai virar um pedaço do Sertão.

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