Atendimento negado

Influenciadora trans processa hospital que negou atendimento emergencial

Na ocasião, a youtuber chegou ao atendimento com dores por conta de uma cirurgia que fez por causa da retirada de silicone industrial

A influenciadora trans Luisa Marilac não deixou barato a humilhação que passou no Hospital Santa Rita, na Vila Mariana, Zona Sul de São Paulo em março de 2022. Na ocasião, a youtuber chegou ao atendimento com dores por conta de uma cirurgia que fez por causa da retirada de silicone industrial. O hospital está sendo processado por negar atendimento médico.

“Estou bem, estou em casa e com o dreno e não posso fazer muito esforço. Se Deus quiser já deu tudo certo. Vamos processar o hospital sim, eu vou mover uma ação particular e o Dr. Marra também, depois nós vamos mover juntos, então são 3 processos. Eu sou uma trans, só outra travesti vai entender, a gente é forte e resistente, a gente aguenta essas coisas mas dói, machuca… Não vou deixar isso barato”, declarou Marilac na época.

O médico, Thiago Marra, também questionou a atitude do estabelecimento. “Embora esse hospital tenha colocado em seu site, como referência em serviço de Pronto Atendimento 24 horas para clínica médica, motivo pelo qual solicitei a internação para que eu pudesse realizar o procedimento necessário, tivemos várias negativas da direção da unidade hospitalar sem justificativas. Somente após a repercussão nas mídias sociais o hospital liberou o centro cirúrgico para drenagem da mama sob anestesia local”, explicou.

A primeira audiência do processo ocorrerá nesta quinta-feira (25), no fórum João Mendes, na Liberdade, em São Paulo. Luisa será representada pelo advogado mineiro Tiago Retes. Em conversa com a coluna, ele informou que o objetivo da ação é investigar o que aconteceu com Luisa.

“Iremos colher testemunhos que confirmem os seguintes fatos: a paciente foi tratada no masculino, em evidente caso de transfobia. O Hospital ter se recusado a realizar triagem, apesar do quadro de urgência dela. Ter se recusado a fazer a internação e ter prolongado o atendimento de forma injustificada”, disse. 

“Neste tipo de ação, que é uma ação preparatória, ainda não há pedido de indenização financeira. Acreditamos que caso os depoimentos confirmem os fatos, existe a possiblidade de haver um acordo para reparação de danos. Não havendo acordo, naturalmente haverá uma ação subsequente com pedido de reparação dos fatos, incluindo indenização financeira”, conta.

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