Diversão e Arte

Marina Sena revela dor e redenção por trás de “Ouro de Tolo”

Marina Sena emociona ao relatar como a dor da autossabotagem deu origem a faixa

Marina Sena dividiu o sofá e os holofotes com Djonga no Conversa com Bial — mas foi ao microfone, sozinha, que emocionou o público. A cantora mineira abriu o coração ao falar sobre o processo intenso e vulnerável que resultou em “Ouro de Tolo”, faixa destaque de seu terceiro álbum solo, Coisas Naturais.

“Foi de madrugada, sozinha, chorando muito”, contou Marina, ao relembrar a origem da música. “Era um daqueles dias em que você percebe o quanto se sabotou, o quanto deixou de se posicionar. Chorei de pena de mim mesma”. Segundo ela, a faixa reflete esse movimento interno: da culpa à catarse, do fundo do poço ao renascimento com orgulho. “Mas agora eu me acho. Lambe o chão que eu vou passar!”, disparou, entre risos e força.

A performance da canção no palco do programa foi o ponto alto da noite. Intensa, crua e certeira, ela traduziu em melodia a transformação emocional que descreveu minutos antes — um reflexo do que Marina tem feito com maestria desde sua estreia em carreira solo.

Lançado em março, Coisas Naturais marca mais uma guinada na trajetória da artista. Se em De Primeira (2021) ela nos apresentou ao seu universo estético único e em Vício Inerente (2023) mergulhou nas sonoridades urbanas, o novo disco amplia ainda mais seu leque musical. São 13 faixas que transitam entre bossa nova, reggae, pop, arrocha e funk, sempre com a assinatura de uma intérprete que é ao mesmo tempo vanguarda e raiz.

Detalhes sobre o reconhecimento internacional de Marina Sena

A cantora brasileira Marina Sena alcançou um novo marco em sua carreira com o lançamento de seu terceiro álbum de estúdio, Coisas Naturais. A novidade, que já vinha gerando expectativa entre os fãs, agora também chama atenção da crítica internacional — inclusive de um dos jornais mais influentes do mundo.

Em uma recente seleção feita pelo The New York Times, que destacou dez canções de relevância global lançadas na última semana, Marina aparece ao lado de ícones da música como Miley Cyrus e Bruce Springsteen. O destaque foi para a faixa Numa Ilha, um dos principais singles do novo trabalho.

Segundo o jornal norte-americano, a canção traz uma atmosfera relaxante e sofisticada, fundindo influências tropicais com elementos da bachata dominicana. “A faixa balança suavemente, misturando guitarras com reverberação suave ao dedilhado staccato e aos bongôs da bachata dominicana, transmitindo uma sensação de contentamento a cada sincopação”, descreve a publicação, elogiando o refinamento sonoro da artista.

O single também chegou acompanhado de um videoclipe de estética praiana, protagonizado por Marina e pelo ator Johnny Massaro. A produção visual complementa o clima solar da música, reforçando a identidade brasileira com toques caribenhos e uma vibe leve que convida à contemplação.

O conceito de ‘Coisas Naturais’ de Marina Sena

Após se consolidar como um dos grandes nomes da música brasileira contemporânea, Marina Sena apresenta ao público seu terceiro álbum de estúdio, “Coisas Naturais”. O novo trabalho chega como um reflexo de um período de reconexão da artista com sua essência e hábitos que marcaram sua trajetória inicial.

Para compor e produzir as primeiras faixas do disco, Marina decidiu se isolar em um sítio no interior de São Paulo, acompanhada por amigos e produtores, incluindo integrantes da banda A Outra Banda da Lua, com quem deu os primeiros passos na música em Montes Claros, Minas Gerais. A experiência, segundo ela, permitiu um processo mais orgânico e fluido, remetendo aos tempos em que a música fazia parte de sua rotina sem as exigências da fama.

“Foi um momento muito especial para mim. Me desconectei um pouco da correria e me permiti viver a música de forma mais natural. Quando a carreira ganha visibilidade, tudo passa a girar em torno de compromissos, imagem e estratégia. Eu queria resgatar o prazer de criar sem pressão”, explicou a cantora para a Marie Claire.

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