O número sete sempre carregou uma força simbólica — representa autoconhecimento, espiritualidade e a conexão entre o mundo físico e o espiritual. É com essa energia que Di Ferrero lança o EP “SE7E”, composto por três faixas inéditas e com capa assinada por Bruno Zampoli. O projeto consolida um momento de transformação na carreira do cantor, que já vinha explorando o simbolismo do número sete desde o “EP 7” e a “Tour SE7E”.
O novo trabalho traz uma busca pela verdade e pela essência artística de Di, com canções que refletem ciclos, mudanças e renascimentos. As faixas inéditas são “UNFOLLOW”, “AZUL (OCEANO)” (feat. Gee Rocha e Matheus Asato) e “ENTÃO VOLTA” (feat. Thiago Castanho), todas acompanhadas de visualizers com novos conceitos visuais.
Di Ferrero: visualizers ganham novos significados
Segundo o diretor César Ovalle, responsável pela criação dos vídeos, a proposta desta fase é diferente.
“Para essa nova etapa, nós mudamos um pouco a forma dos visualizers. Eles não possuem mais uma sequência entre eles, são independentes. Agora, falando dos audiovisuais individualmente: ‘ENTÃO VOLTA’ tem a participação do Thiago Castanho, e resolvemos utilizar o elevador de ‘Universo Paralelo’, da leva anterior. Ele tem uma linguagem mais tradicional, nós fomos criando as composições visuais que vão se intercalando”, comenta.
Sobre “UNFOLLOW”, o diretor explica que a ambientação reflete a inquietação da letra:
“Já o visualizer de ‘UNFOLLOW’, nós apostamos em um labirinto para representar a sensação da letra, que fala sobre algo que incomoda e que ele tenta fugir, mas não encontra uma saída. O labirinto significa isso.”
E completa sobre “AZUL (OCEANO)”:
“Utilizamos uma divisão horizontal na tela, com uma separação de pontos de vista e sensações, sem faltar elementos azuis.”
A direção de fotografia é assinada por Marcelo Nava, que destaca a intensidade do processo criativo.
“Foi um desafio, porque tomamos caminhos diferentes da primeira fase. A gente propôs ideias mais desafiadoras e mais conteúdos, então o deslocamento foi maior, os dias de gravação aumentaram… foram intensos”, relata Nava.
Faixa a faixa
Quem assistiu ao show “Hard Pop Party”, de Di Ferrero, no palco The One do The Town, já teve um gostinho da faixa “UNFOLLOW”. Composta em um camping em Los Angeles por Jenni Mosello, Lucas Vaz, Di Ferrero, Carlos Bezerra, Douglas Moda e 6ee, e produzida por Douglas Moda, Lucas Vaz, Bezebra e 6ee, a faixa é intensa e dançante.
“A letra de ‘UNFOLLOW’ fala sobre recentes reflexões que tive depois de uma conversa com uma pessoa, nos desentendemos e ela disse ‘não me faça parar de te seguir’. Na hora fiquei sem palavras, mas depois pensei muito sobre o que os outros querem que eu seja para continuarem me tendo no feed deles ou na vida deles, fazendo uma analogia entre as redes sociais e a vida real”
“Esse som é um convite para discutirmos sobre conexões reais e o significado das redes sociais nas nossas relações. Dentro da música também apresento um pensamento de libertação, ‘Não me siga/ Não me siga mais’. É um indie rock com influências dos anos 80, ela tem uma coisa bem pista, te leva pra cima”, comenta Di Ferrero.
A segunda faixa, “AZUL (OCEANO)”, tem participação de Gee Rocha e Matheus Asato. Composta por Jenni Mosello, Lucas Vaz, Di Ferrero, Carlos Bezerra, Douglas Moda, 6ee, Mateus Asato e Gee Rocha, e produzida por Douglas Moda, Lucas Vaz, Bezebra e 6ee, a canção aborda o cansaço emocional após o fim de um relacionamento, mas com um instrumental vibrante.
“‘AZUL (OCEANO)’ fala sobre uma pessoa que está cansada de recomeçar e que às vezes demora, mas entende que a vida é sempre um recomeço, que é um novo momento. Ela reflete também aquela fase em que estamos sem perspectivas, querendo nos entregar e entendendo que realmente acabou. Nessa faixa temos Gee e Matheus Asato, que são dois guitarristas icônicos”, explica o cantor.
Encerrando o EP, “ENTÃO VOLTA” surge como uma canção leve e nostálgica, composta em parceria com Bruno Genz e Thiago Castanho, e produzida por Bruno Genz e Di Ferrero.
“Essa é a música mais leve do EP e como fiz junto com o Thiago Castanho, fui até a casa dele em Santos. A música lembra um pouco Charlie Brown Jr. e não teria como ser diferente. Ela fala sobre saudade, mas sem sofrer por ela, é mais curtindo o cheiro que fica e notando as fotos da casa, é a saudade que aparece depois de um tempo que a pessoa está longe e você percebe a falta que ela faz, não só porque você ama, mas porque ela te ajuda a colocar sempre a cabeça no lugar”, finaliza.
