Cinema

A morte habita à noite traz o primeiro drama, em longa, de Eduardo Morotó

Numa longa jornada noite adentro, os personagens do filme de Eduardo Morotó desejam partilhar do amor

Ricardo Daehn
postado em 16/12/2022 06:12
Cena do filme 'A morte habita à noite', dirigido por Eduardo Morotó. -  (crédito:  Vitrine Filmes/Divulgação)
Cena do filme 'A morte habita à noite', dirigido por Eduardo Morotó. - (crédito: Vitrine Filmes/Divulgação)

O retrato de uma masculinidade em transformação está estampado no primeiro longa-metragem dirigido por Eduardo Morotó,  estrelado por Roney Villela e ainda pela brasiliense Mariana Nunes. Em A morte habita à noite, Raul (Villela) é o protagonista desempregado, que, ao acaso, presencia a morte de um vizinho. O escritor é namorado de Lígia (Nunes), que se mostra bastante abalada com a visão da morte.

Em festivais de cinema diversos, como os do Ceará e de Santa Maria da Feira (Portugal), além do Inffinito Film Festival de Miami, Villela se viu premiado pela atuação do homem desgarrado e solitário que investe numa noitada repleta de tipos marginais, por todo Recife. O escritor, sem demora, esbarra em Cássia (personagem vivida por Endi Vasconcelos). Imersos num ambiente de pobreza, ambos passam a rever conceitos de vida e morte, num contexto bastante sombrio. Rita Carelli e Pedro Gracindo são outros nomes no elenco do filme do premiado curta-metragista.

Às vésperas de investir nas filmagens do segundo longa, Irmãos caraíba, Eduardo Morotó conseguiu emplacar no circuito o longa filmado em 2017 e que esteve no circuito de festivais de 2020. A morte habita à noite ganhou corpo com ligeira inspiração no universo do autor Charles Bukowski, particularmente no texto A mulher mais linda da cidade.

À frente de seis curtas que bateram a marca de 100 premiações, Eduardo Morotó se viu projetado a partir do projeto Revelando os Brasis, idealizado no governo petista. Filmes de Morotó ganharam destaque em certames como Mostra de Cinema de Tiradentes (no qual Quando morreremos à noite, de 2011, foi considerado o melhor, pelo júri da crítica), além de chegar a eventos armênios, franceses e espanhóis. Já Eu nunca deveria ter voltado, também de 2011, no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro obteve prêmios de melhor direção, ator e trilha sonora.

 

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