Música

A brasilidade de Claudio Nucci sobe ao palco do Clube do Choro

O violonista Claudio Nuci faz show no Clube do Choro ao lado do Gente de Casa

Franco C. Dantas*
postado em 24/02/2023 07:10
 (crédito:  Claudio Nucci/Divulgação)
(crédito: Claudio Nucci/Divulgação)

Apesar do fim da folia de carnaval, a brasilidade e a cultura ali celebradas não desapareceram da programação da cidade. Neste fim de semana, o Clube do Choro é palco de duas apresentações de Claudio Nucci, ex-integrante do grupo Boca Livre.

Nesta sexta-feira (24/2), a partir de 20h30, o violonista é convidado para um show em conjunto com o tradicionalíssimo grupo candango Gente de Casa. Formado em 1975, na UnB, o Gente da Casa é pioneiro no circuito musical da cidade, sendo responsável por uma das primeiras gravações de estúdio da capital.

Nessa apresentação, o grupo revisita composições do primeiro disco, com arranjos renovados e interpretados em parceria com Nucci, além de composições consagradas como Fazenda, de Milton Nascimento, e Espanhola, de Flávio Venturini. "Gente de casa é um exemplo de como a música pode ser compartilhada entre amigos, em várias épocas. Os caras tocam e cantam muito bem, são felizes no palco e eu gosto disso. Alegria, prazer, amizade e canções que ficam na memória afetiva da gente, tô dentro!"

Amanhã, a partir do mesmo horário, Nucci completa a dobradinha no clube com a apresentação do show Acentos Brasileiros, ao lado da carioca companheira de performance Dri Gonçalves: "Dri é filha do meu querido parceiro Luiz Fernando Gonçalves, meu primeiro parceiro musical, com quem compus canções muito especiais. Dri e eu nos reencontramos e casamos faz mais de 20 anos. Ela tem um belo timbre grave, que combina muito com meu timbre de tenor. Cantamos em regiões parecidas. Além do que, nessa fase da vida, é um plus poder trabalhar ao lado de quem se ama".

No repertório, há um pouco de tudo: desde artistas que influenciaram o compositor, como Chico Buarque e Milton Nascimento, passando por grandes sucessos de sua carreira, como Sapato velho e Quero quero, até parcerias recentes como O meu amor sempre sobra, com a letrista Ana Terra. "O Brasil é imenso e eu viajo por muitos cantos desde os anos 1970, além de ouvir muitas coisas de vários lugares. Sou fã incondicional da música regional brasileira e colhi muitas influências dela. Portanto, esse roteiro é também uma homenagem em agradecimento a essas influências que recebi das raízes culturais da nossa terra."

Além de tudo isso, se tem como foco a exaltação da variedade musical do país. Baião levado, fruto da parceria com Murilo Antunes, Por motivo bom, com Paulo César Pinheiro e Forró para namorar, com Paulinho Tapajós, são algumas das obras que exploram essa diversidade de ritmos e que farão parte da apresentação.

Claudio Nucci tem mais de 40 anos de carreira. Em 2021, lançou o mais recente disco, Direto no coração, que contou com participações de Paulinho Moska, Zé Renato, Chico Chico, além de uma música feita em parceria com  compositor e letrista Aldir Blanc, morto em 2020. Para ele, a arte permite um aprendizado de vida permanente: "O primeiro aprendizado é que a arte tem me libertado a cada passo e é um privilégio exercer essa atividade, sejam quais os rumos que as coisas tomem durante a vida. Outra coisa é que nesse mundo que visa o lucro a todo custo e o artista de certa forma é seduzido a fazer parte disso, é muito importante ter empatia e solidariedade. Fazer arte não é apenas uma ocupação de mercado. Claro que precisamos sobreviver, mas o olhar para a vida está em primeiro lugar. Aprendo com a arte sempre. Portanto, trabalhar para mim, é uma alegria".

*Estagiário sob a supervisão de Severino Francisco

 

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